NORDESTE

Agroindústria da cana-de-açúcar movimenta cerca de R$ 2 bilhões e gera mais de 19 mil empregos na Paraíba

A edição de nº 182 da Revista NORDESTE apresenta a publicação de matéria especial sobre a atividade agroindustrial na Paraíba, com destaque para o cultivo da cana-de-açúcar que movimenta cerca de R$ 2 bilhões e gera mais de 19 mil empregos formais. O setor sucroenergético continua sendo um dos segmentos que mais fortalece a economia do Estado.

A matéria pode ser lida, na íntegra, na versão virtual da Revista NORDESTE.

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Você também poderá ler a entrevista na íntegra, abaixo. Confira:

Capa da Edição 182 da Revista NORDESTE (Reprodução)

NÚMEROS E EFEITOS NA ECONOMIA

Agroindústria da cana-de-açúcar na Paraíba movimenta cerca de R$ 2 bilhões e gera mais de 19 mil empregos formais no estado. Conheça as contribuições sociais e ambientes do setor que se transformou ao longo da história e se fortalece como uma agroindústria de energia limpa e renovável.

O setor sucroenergético da Paraíba é um dos segmentos que mais fortalece a economia do estado com produtos oriundos da cana-de-açúcar, empregos e impostos recolhidos ao fisco. Ao longo dos anos, essa atividade impulsionou o PIB paraibano, ganhou mercados, contribuiu para as exportações e se consolidou como uma indústria de energia limpa e renovável, graças à atuação de oito usinas localizadas na faixa litorânea do estado.

Um dos principais destaques positivos do setor sucroenergético em relação aos demais setores do agronegócio é a alta taxa de carteira de trabalho assinada. O setor passou por várias transformações e melhorias ao longo dos anos e isso também refletiu na qualidade e na remuneração das vagas oferecidas. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2020, o setor empregou diretamente 19.353 pessoas. Contando com os empregos indiretos, esse número vai de 44 mil a 65 mil pessoas.

Segundo dados do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool na Paraíba (Sindalcool-PB), o faturamento médio anual dessa agroindústria é de R$ 2 bilhões, considerando o pagamento de salários, compra de insumos e pagamentos de impostos. Nos últimos 10 anos, o faturamento agregado dessa agroindústria gira em torno de R$ 20 bilhões de reais.

Para se ter uma ideia, o Valor Adicionado do setor sucroenergético em 2021 foi de R$ 2.050.975.000 (Sindalcool-PB/2022) que foi injetado na economia do estado com a compra de insumos e toda transformação e venda dos produtos derivados. Esse setor representa cerca de 3% do PIB paraibano. Em termos de comparação, o Valor Adicionado da Agropecuária representa 3,64% do PIB (IBGE,2019). Isso significa que o setor sucroenergético representa sozinho quase toda a parcela que a agropecuária representa do estado no PIB paraibano.

A remuneração dos fornecedores de cana no exercício de 2021 foi de R$ 621.951.706,88 valor esse como somatório dos pagamentos realizados por usinas a 1.500 produtores rurais, na maioria micro e pequenos proprietários ou arrendatários com áreas entre 5 e 25 hectares. Com isto, a atividade mais lucrativa na agropecuária continua sendo a cana para produção do etanol.

Reprodução: Revista NORDESTE

Terceiro maior produtor do NE

A Paraíba é o 3º maior produtor de cana do Nordeste, ficando atrás de Alagoas e Pernambuco. Em 2021, os ganhos das usinas com a produção de açúcar cristal e açúcar VHP exportado (usado como matéria-prima para o açúcar refinado) foram de R$ 17.330.639,49.
Na produção de etanol, o estado compete o 2º lugar com Pernambuco, que tem uma produção mais açucareira. Com a produção do biocombustível, o setor movimentou no ano passado o valor de R$1.062.242.076,10.

A Paraíba vem aumentando o consumo de etanol em detrimento da gasolina. O consumo do biocombustível contribuiu em 5,7% para a arrecadação total de ICMS pelo estado. Além das contribuições sociais, no ano passado, esse combustível verde também foi responsável por evitar 387 mil toneladas de gases do efeito estufa na Paraíba.

Edmundo Barbosa, é presidente-executivo do Sindalcool-PB

“Uma das maiores contribuições é a convivência de preservação de áreas de extensas matas nativas que são reservas particulares de patrimônio natural, com o aumento de produtividade agrícola em toneladas de cana por hectare sem desmatamentos. O crescimento da produção de etanol vem sendo alcançado com investimentos em tecnologia no campo e nas usinas. A produtividade média maior depende de reservatórios para acumular água de chuvas, o licenciamento ágil desse tipo de investimento é a principal reivindicação no setor”, ressalta o presidente-executivo do Sindalcool-PB, Edmundo Barbosa.

As usinas de açúcar e etanol também contribuem para evitar as emissões poluentes com a produção de energia de biomassa derivada da cana- de-açúcar. Esse processo gera eletricidade através dos resíduos da cana e supre, de forma sustentável, a demanda das próprias usinas. Algumas dessas unidades comercializam o excedente de energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN) para o abastecimento de milhares de residências.

O Sindalcool-PB mostra que a Paraíba tem uma posição privilegiada na produção de bioenergia com 102 megawatt de capacidade instalada. A capacidade deve aumentar em 25% até 2030. Atualmente, a geração de energia elétrica com biomassa de cana na Paraíba é de 53,2 MWh. Esta geração equivale a 10% do consumo. O aproveitamento do bagaço e da palha da cana evita a emissão de gases de efeito estufa comuns na geração a óleo diesel, gás natural e carvão. Este tipo de geração de energia também compensa a geração de fontes intermitentes, como as fontes solar fotovoltaica e a cinética dos ventos.


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