BRASIL

Aliado em vários Estados, PSDB diz que Rede “é problema de Campos”

O deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB de Minas Gerais e um dos políticos mais próximos ao senador Aécio Neves, vê o PSB como um importante aliado em vários Estados, mas não quer nem ouvir falar das diferenças entre o partido de Eduardo Campos e a Rede, grupo de Marina Silva que se uniu aos socialistas depois de não conseguir registro para a eleição deste ano. O PSB quer manter parcerias regionais com os tucanos, mas a Rede prefere se firmar com uma terceira via, e, por isso, se afastar cada vez mais do PSDB. Segundo Pestana, Aécio, pré-candidato tucano, tem conversado com Campos, governador pernambucano e pré-candidato socialista, em busca de pontos de convergência. “Eles são dissidentes e nós de oposição. Temos em comum a convicção do esgotamento do modelo encabeçado pelo PT”, diz. Pestana espera que Campos resolva as divergências com Marina na hora de formar os palanques regionais. “A gente vem da tradição do PSD de JK e do PMDB de Ulysses e Tancredo, da arte da política, do diálogo com os diferentes. Mas há quem acredite que pode se aproximar apenas dos iguais”, critica.

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Para Pestana, o PSB deve retribuir em Minas e no Paraná o apoio recebido nas eleições de 2012. Em Belo Horizonte, Aécio ajudou na reeleição do socialista Márcio Lacerda, que venceu o ex-prefeito Patrus Ananias (PT), apoiado por Lula. Em Curitiba, o governador Beto Richa (PSDB) insistiu em Luciano Ducci (PSB), que havia sido seu vice e se tornou prefeito quando o tucano saiu para concorrer ao governo. “A decisão custou a saída de Gustavo Fruet, que ganhou a eleição aliado ao PT”, diz. Em São Paulo, o PSB está no governo de Geraldo Alckmin, mas a Rede e a deputada Luiza Erundina são contra a sua reeleição. Pestana acredita na habilidade de Alckmin para resolver isso. O político mineiro admite dificuldades no Rio, onde os dois não têm nome forte e os principais candidatos são governistas. Na Rede, o favorito é Miro Teixeira (PROS).

iG


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