POLÍTICA

Após Bolsonaro ser declarado inelegível, PL libera ocupação de cargos no governo Lula

Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarar na semana passada a inelegibilidade de Jair Bolsonaro pelos próximos oito anos, o PL liberou parlamentares da bancada para negociarem com o Palácio do Planalto o acesso a cargos na administração federal, apesar da contrariedade da base radical, composta por bolsonaristas.

 

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, esse movimento começou a dar frutos e o partido emplacou um aliado no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Na terça-feira (4), o engenheiro Fábio Pessoa da Silva Nunes teve o seu nome aprovado pela comissão de Infraestrutura do Senado, responsável por confirmar as indicações encaminhadas pelo Planalto.

 

“Homem de confiança do ex-ministro da Infraestrutura e atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Nunes foi diretor de planejamento e projetos especiais do Ministério da Infraestrutura na gestão Bolsonaro”, destaca a reportagem.

 

Nunes é vinculado à bancada do PL e recebeu o respaldo do senador Wellington Fagundes (PL-MT), líder do bloco que une PL e Novo no Senado, para a vaga. Fagundes foi o relator da indicação e trabalhou pela aprovação. No mesmo dia, a comissão do Senado aprovou outros três diretores para o DNIT, indicados por senadores do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido que ocupará a maioria dos postos importantes do departamento em Brasília e nos estados.

 

O DNIT possui sete diretorias e um orçamento de R$ 18,4 bilhões para construir e conservar estradas, ferrovias e hidrovias, sendo um dos cargos mais cobiçados pelo Centrão em qualquer governo. Dos quatro novos diretores aprovados na Comissão de Infraestrutura na terça-feira, 4, três deles também ocuparam cargos de confiança no governo de Jair Bolsonaro (PL). As quatro nomeações ainda precisam ser aprovadas no plenário do Senado.

Com base favorável no Senado, o governo busca aumentar sua base de votos na Câmara dos Deputados. Para isso, os articuladores políticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negociam diariamente com dissidentes do PL, do Republicanos e do Progressistas, ao mesmo tempo que tentam garantir a lealdade de partidos como União Brasil, MDB e PSD, que receberam três ministérios cada um.


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