BRASIL

Argentina joga no ritmo de Messi e vence a Nigéria no Beira-Rio

Se ainda havia algum questionamento ao desempenho de Lionel Messi pela seleção argentina, ele acabou nesta Copa do Mundo. Com quatro gols marcados, o astro mostrou nos três jogos da fase de grupos que é o dono do time. A vitória por 3 a 2 sobre a Nigéria, nesta quarta-feira, em Porto Alegre, foi fundamental para essa constatação.

É natural pensar que qualquer ataque funcionaria com Di Maria, Agüero, Huguaín, Palacio e Lavezzi. Mas não se o sexto elemento for Messi. Diante dos nigerianos, no Beira-Rio, a Argentina só foi superior quando esteve sob a batuta de seu melhor jogador. Quando ele parou para recuperar o fôlego ou quando foi substituído, no segundo tempo, a seleção parou junto.

Os números ajudam a reforçar a Messidependência. A Argentina fez seis gols na Copa, quatro deles marcados por Messi. O quinto da lista foi um gol contra, marcado pelo zagueiro bósnio Kolasinac após falta cobrada por Messi. E apenas um gol, o terceiro gol sobre a Nigéria, não teve a participação do atacante do Barcelona. Com quatro gols, eles está empatado com Neymar na artilharia da Copa. Aos derrotados nigerianos, o consolo da classificação em segundo lugar do grupo.

Início avassalador

Tanto o primeiro quanto o segundo tempos começaram com gols. Foram dois em menos de cinco minutos em cada metade do jogo. Na etapa inicial, aos 3 minutos, Di María recebeu ótimo lançamento nas costas da defesa, invadiu a área pela esquerda e bateu firme. A bola ainda tocou duas vezes na trave antes de Messi encher o pé.

A Argentina pouco comemorou o gol, e aos 4 minutos sofreu o empate. A Nigéria partiu em velocidade após a saída de bola e pegou a defesa desarrumada. Babatunde avançou pela esquerda, cortou para o meio e bateu colocado no canto oposto de Romero. Um lindo gol.

Na etapa final foi a mesma coisa. Aos 2 minutos, gol da Nigéria: Musa trocou passes com Emenike no meio da defesa argentina, invadiu a área e bateu na saída de Romero. Aos 5 minutos, o terceiro gol da Argentina: Di Maria cobrou escanteio da esquerda, a bola desviou no meio do caminho e Rojo marcou de joelho, meio sem querer.

No mais, só deu Messi

O bom futebol ficou mesmo concentrado nos minutos inicias. No restante do jogo, só houve vida inteligente em campo quando Messi se fez presente. Primeiro, num lindo passe para Higuaín, que driblou o goleiro e perdeu o ângulo para concluir. Depois, numa cobrança de falta perfeita que deu à Argentina o segundo gol, no fim do primeiro tempo. O goleiro nigeriano nem saltou para tentar defender o chute de Messi.

No dia em que a despedida de Maradona da seleção argentina completa 20 anos, diante da mesma Nigéria que o “Pibe” ajudou a derrotar na Copa de 1994, a grande atuação de Messi pode ser encarada de duas maneiras. Os pessimistas dirão que o time hoje não existe sem ele. Os otimistas dirão que a Argentina, enfim, tem um herdeiro à altura de Maradona. E isso não é pouca coisa.


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