PERNAMBUCO

Árvores caídas no temporal atrapalham mobilidade nas calçadas do Recife

Se trafegar pelas calçadas do Recife já era complicado com as raízes das árvores sendo obstáculos, agora sãos as próprias árvores que tornam essa tarefa (quase) impossível. Desde a ventania da última sexta-feira (29), que derrubou 174 árvores na capital pernambucana, restos de vegetação ainda se encontram às margens de importantes vias da cidade. Muitos desses entulhos obrigam o pedestre a se arriscar entre os carros para seguir caminho.

Na Avenida Mario Melo, em Santo Amaro, área central, nas proximidades do Procape, a copa de uma frondosa árvore não só toma conta da calçada como invadiu uma das três faixas de rolamento da via. Na tarde desta segunda-feira (1º), três dias após a queda da vegetação, os galhos atrapalharam a passagem de pedestres como a doméstica Maria Cláudia dos Santos, que passou correndo pelo canto da via. “Passei apressada com medo dos carros. É um absurdo isso ainda estar aí. Já era para a Prefeitura do Recife ter retirado”, comentou ela que estava indo visitar um amigo no hospital da região.
Já na Avenida João de Barros, a calçada do Conservatório Pernambucano de Música foi tomada pela árvoredestruída. A cena de pessoas correndo e olhando para trás com medo dos veículos não era rara. Alguns pedestres atravessavam a rua para depois voltar para o outro lado, tudo pela segurança. A psicóloga Edna Santos mora nas redondezas e reclama da falta de capacidade da gestão pública em retirar o entulho passados três dias do vendaval.

“Se a gente não paga os impostos como o IPTU é multa, juros, tomam nossa casa. Agora quando a gente precisa que eles sejam rápidos é esse desrespeito, a gente tem que se arriscar por causa da incompetência da prefeitura”, disse Edna Santos, indignada.

A cena se repete em diversas vias arborizadas da cidade, como a Avenida Agamenon Magalhães, onde diversos arbustos estão debruçados sobre o canal, por exemplo. Na via local, inclusive, próximo à agência da Caixa Econômica Federal, uma árvore caída atrapalha o tráfego de pedestres e veículos. Quem está na parada de ônibus sequer consegue ver o coletivo que vem antes que ele passe dos galhos.
O porteiro Maurício José reclamou que muitas pessoas estão sendo prejudicadas por causa disso. “Além da insegurança que é passar pela pista, o povo ainda fica sem conseguir ver o ônibus que, às vezes, até queima a parada porque a pessoa faz sinal muito em cima da hora”, comentou. Sobre a situação dos entulhos, a Emlurb informou que dos 174 casos, 130 já foram solucionados e que a previsão é de que tudo seja recolhido até esta sexta-feira (5).

Além disso, a gestão municipal informou que 22 equipes atuam em toda a cidade, incluindo o reforço de quatro equipes do Exército. Até agora, foram coletadas 128 toneladas de restos de poda. 

NE 10


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