INTERNACIONAL

“As eleições nos EUA não são tão importantes para a China”, diz Global Times em editorial

247 – O editorial do jornal chinês Global Times desta segunda-feira (2) afirma que é ingênuo acreditar que o resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos vai alterar essencialmente as relações da superpotência americana com o país socialista asiático, que “deve trilhar seu próprio caminho independentemente da eleição dos EUA”.

“Na sociedade chinesa, mais e mais pessoas passaram a acreditar que os quatro anos de governo do presidente dos EUA, Donald Trump, de fato trouxeram um enorme impacto nas relações China-EUA. Mas hoje, a nova política dos EUA para a China foi moldada no nível estratégico e as relações China-EUA entrarão em um período razoavelmente longo de impasse”, afirma o editorial.

“Nos últimos quatro anos, a política dos EUA para a China despertou a China mais uma vez… Isto nos convenceu de que os EUA não aceitarão a ascensão da China e farão de tudo para reprimir a China”.

“Se a China, como grande potência, deseja realizar seu grande rejuvenescimento, deve superar a malícia e a loucura estratégicas dos Estados Unidos. Uma coexistência pacífica entre a China e os EUA não pode ser alcançada pela obediência e tolerância da China. Devemos ser uma força invencível, e então os EUA podem finalmente aceitar a competição pacífica com a China de acordo com as regras. Em outras palavras, a cooperação benigna entre os dois países pode ser estabilizada somente quando os EUA descobrirem que a coexistência pacífica com a China é sua melhor escolha, ou a menos pior”.

“É claro o que o povo chinês deve fazer a seguir. Deve permanecer firme, mobilizar toda a nação e compensar as deficiências de alta tecnologia do país, uma a uma, no contexto da economia de mercado. Deve empurrar o país da pesquisa básica para a posição de fronteira de aplicações de alta tecnologia e estabelecer uma cadeia de abastecimento segura e confiável”.

Esta é uma tarefa gigantesca que só pode ser cumprida com uma série de reformas econômicas e sociais. A sociedade chinesa não só precisa ser unida e determinada, mas também criar mobilidade e vitalidade que seja capaz de produzir várias inovações. Até agora não resolvemos o paradoxo entre unidade e flexibilidade. É aqui que residem as dificuldades futuras, mas é também nisso que devemos trabalhar arduamente.

O necessário fortalecimento militar da China é urgente. Com base no princípio da defesa efetiva, além de estabelecer vantagens militares em águas costeiras, devemos consolidar nossa dissuasão estratégica baseada nas capacidades nucleares.

Precisamos fazer Washington perceber que está enfrentando uma China com a qual deve ser cauteloso, e que tratar a China como um amigo em vez de um inimigo se ajusta melhor aos interesses nacionais dos EUA.

Em suma, as eleições nos EUA não são tão importantes para a China. O povo chinês não deve contar que os EUA acidental ou repentinamente mudaram de ideia. A atitude dos EUA em relação à China deve ter um resultado final, e o resultado final deve ser moldado pelos próprios chineses.


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