PERNAMBUCO

Audiência pública debate ocupações em escolas e universidades do estado

O plenário da Assembleia Legislativa (Alepe), no Recife, ficou lotado na manhã desta sexta-feira na audiência pública sobre as ocupações estudantis nas escolas e universidades em Pernambuco. O evento foi convocado pelas Comissões de Cidadania e Direitos Humanos e a de Educação, presididas, respectivamente, pelos deputados Edilson Silva (PSOL) e Teresa Leitão (PT). A reunião foi transferida para a área externa do prédio, a fim de comportar todos os presentes.

Foram convidados para o debate líderes dos movimentos de ocupação e representantes das reitorias da UFPE, UFRPE, UPE e Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), além da Secretaria de Educação do Estado, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) e as Promotorias de Direitos Humanos e de Educação do Ministério Público de Pernambuco.
As ocupações são um protesto da classe estudantil contra a reforma do Ensino Médio e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, que limita os gastos públicos durante 20 anos. Os dois assuntos estão em tramitação no Congresso Nacional.

Em todo o estado há ocupações em prédios de 26 escolas de nível médio e institutos de referência, além de 15 universidades públicas. Ontem, estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio Porto Digital ocuparam o prédio da unidade de ensino, localizada no Bairro do Recife. Na quarta-feira passada, o Ginásio Pernambucano, na Rua da Aurora, Centro do Recife, também foi ocupado por alunos.

No Recife, pelo menos outras duas escolas da rede estadual também permanecem ocupadas no Recife: a Escola Estadual Martins Júnior, no bairro da Torre, e a EREM Cândido Duarte, em Apipucos. Na Martins Júnior, o ato conta com mais de 100 apoiadores, entre alunos e ex-alunos do ensino médio e da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Interior 

Em Nazaré da Mata, a Escola de Aplicação Professor Chaves (UPE), também foi ocupada, sendo a primeira da Mata Norte a aderir ao protesto. Em Petrolina, no Sertão, a Escola Estadual Antonio Padilha segue ocupada há mais de uma semana, além da Escola Estadual Professora Adelina Almeida, ocupada na última segunda-feira.

Em nota, a Secretaria de Educação de Pernambuco informou que está mantendo diálogo com os integrantes do protesto “no sentido de que as aulas ocorram normalmente, para não prejudicar os demais estudantes”.

Diário de Pernambuco


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