CEARÁ

Aumento de casos de zika impulsiona mercado contra o mosquito

A proliferação dos casos de dengue, chikungunya e zika no Brasil tem impactado vários mercados: dos repelentes, dedetizadores e telas de proteção às clínicas de fertilização. As vendas de repelentes dispararam no País, hoje o quarto maior mercado do mundo, atrás de Estados Unidos, Canadá e Argentina, de acordo com dados da Nielsen.

A gerente de compras da rede de farmácias Pague Menos, Patrícia Austregésilo, explica que de novembro a janeiro, as vendas de repelentes cresceram 300%, se comparadas ao mesmo período do ano anterior.

“Foi um crescimento expressivo. Realmente foi algo que ninguém esperava, nem a indústria, nem o varejo. Mas a gente percebe o esforço da indústria em atender a nossa demanda”.

Com lojas em todos os estados brasileiros, ela diz que a procura pelo produto se deu de forma relevante em todas as regiões, mas em velocidade maior na região Nordeste, onde é maior a incidência de doenças relacionadas ao mosquito.

Nos supermercados, a procura também é intensa. A diretora comercial dos Mercadinhos São Luiz, Joana Ramalho, afirma que houve o crescimento de 35% nas vendas, em janeiro e fevereiro, se comparado com o mesmo período do ano passado.

Este aumento se deu também em nichos mais especializados. Como o do Gabriel Mamede, dono da SOS Alegria, loja especializada em produtos alérgicos. Ele diz que foi pego de surpresa pela alta procura. Se em outubro, vendia em média 60 unidades de repelentes a cada três meses, hoje, este estoque só dura uma semana. Também cresceu a procura por velas e pulseiras de citronela e repelentes eletrônicos.

“A gente sempre vendeu estes produtos, mas desde que a Anvisa divulgou a lista dos repelentes mais seguros, percebemos um aumento gigantesco. O que colocar na prateleira sai. E olha que a gente tem um público bem específico, que são as pessoas de pele mais sensíveis”.

Irna Cavalcante
O Povo


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