POLÍTICA

Ausência de Tia Eron em conselho deve definir a vitória de Cunha

Dona do voto mais esperado do Conselho de Ética da Câmara, a deputada Tia Eron (PRB-BA) é o único membro titular do colegiado que não registrou presença na sessão desta terça-feira que pede a cassação do presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A sessão foi adiada, mas caso ocorresse hoje sem a presença da deputada, seria computado o voto do deputado Carlos Marun (PMDB-MS), primeiro suplente a marcar presença. Marun chegou cedo ao Conselho de Ética e é declaradamente defensor de Eduardo Cunha.

A ausência da parlamentar definiria a vitória de Eduardo Cunha no Conselho de Ética. Dos integrantes, 10 declararam voto contra a cassação de Cunha e nove a favor. A única que não se pronunciou é a Tia Eron. Se ela votar pela cassação, o placar ficará empatado e o voto decisivo será do presidente do colegiado José Carlos Araújo, que é favorável ao relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO). Caso ela não vote, o voto de Marun garante um placar de 11 a 9.

Durante toda a segunda-feira, a deputada baiana esteve reunida com lideranças de seu partido. Na semana passada, Eron elogiou o relatório de Marcos Rogério e disse que votaria pela “preservação da moral na Câmara”. Ontem, ela não se pronunciou. Nomeado pelo presidente em exercício Michel Temer para comandar a pasta da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o presidente nacional do PRB, ministro Marcos Pereira, esteve reunido nesta segunda-feira (6) com Temer. A sigla faz parte do chamado “centrão”, apoiou a eleição de Cunha para a presidência da Casa e votou em peso pelo impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. São 22 deputados na bancada.

Correio Braziliense


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