RIO GRANDE DO NORTE

Balança comercial do RN tem superávit ao longo deste ano

O saldo da balança comercial do Rio Grande do Norte alcançou superávit de 63,8 milhões de dólares nos nove primeiros meses do ano – o maior já registrado nesse período desde 2013. Com isso, o resultado foi 61,3% maior que o verificado no ano passado, que foi de 39,5 milhões de dólares. Isso é reflexo das exportações, que atingiram o volume de 204,5 milhões de dólares no acumulado de janeiro a setembro, o que representa um crescimento de 13,6% no comparativo com o mesmo intervalo de 2016. As importações se mantiveram estáveis e apresentaram um leve aumento de 0,2%, com um volume negociado de  140,8 milhões de dólares.

Os dados constam na edição 27 do Boletim dos Pequenos Negócios, divulgada nesta terça-feira (17) pelo Sebrae no Rio Grande do Norte. O informativo é mensal e contém indicadores da economia potiguar que influenciam direta ou indiretamente o segmento das micro e pequenas empresas. Essa edição traz uma análise da série histórica em períodos situados nos últimos cinco anos.

O melão continua liderando a pauta de exportações potiguar. Em nove meses, o volume negociado foi de 65 milhões de dólares, com 99,7 mil toneladas da fruta comercializadas. O sal é o segundo item mais vendido para o mercado internacional pelo Rio Grande do Norte. No acumulado, foram exportadas 775,7 mil toneladas do mineral, o que corresponde a 16,2 milhões de dólares. A castanha de caju aparece em seguida com o volume de 15,1 milhões de dólares referente ao embarque de 1,6 mil tonelada da amêndoa. O estado também já enviou ao mercado internacional, este ano, 28,8 toneladas de melancia, que renderam 14,2 milhões de dólares.

Em contrapartida, o estado importou 196,7 mil toneladas de trigo. A importação de painéis e células solares chegaram a um volume de 16 milhões de dólares. O terceiro item mais importado foi a castanha de caju in natura. O estado comprou 5,7 mil toneladas desse produto no valor total de 10,2 milhões de dólares. O algodão aparece na quarta posição entre os principais produtos da pauta de importação potiguar. Já foram importadas 3,7 mil toneladas.

Emprego

Além do comércio internacional, o boletim também trata do saldo de empregos com carteira assinada no estado. A análise do Sebrae mostra que o RN começa a dar sinais de recuperação. Em agosto, foi registrada a criação de 3.241 postos de trabalho formal,  número que resulta em saldo de 613 novos empregos quando somados os resultados dos oito primeiros meses de 2017 com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.

Esse é o primeiro resultado positivo do ano, revertendo os números negativos de 2015 e 2016. O Caged ainda mostra saldo negativo quando considerados os últimos 12 meses, pois, nesse período, foram extintas 2.157 vagas. O boletim também verifica a situação da arrecadação do principal imposto para os cofres do estado.

O ICMS arrecadado pelo Rio Grande do Norte nos primeiros nove meses de cada ano, no período de 2013 a 2017, aproximou-se dos R$ 3,7 bilhões, com crescimento nominal de 3,8% no último período em relação ao anterior, e de 28,4% durante toda a série. Considerando que a inflação calculada pelo INPC (FGV) entre setembro de 2013 e setembro de 2017 foi de 30,3%, nota-se que os recursos arrecadados, embora crescentes, não acompanham a desvalorização da moeda.

Números

63 milhões de dólares foi o volume de recursos movimentado com a venda de produtos para o exterior

61,3% é o porcentual de crescimento das exportações potiguares em relação ao mesmo período de 2016

Tribuna do Norte


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