BRASIL

Berzoini revela estratégias de Dilma e analisa Aécio e Eduardo

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, não está preocupado com o tamanho da repercussão que a CPI, instalada no Congresso Nacional, possa ter na reeleição de Dilma. Ele acredita que, ao contrário, a comissão será importante para que o seu partido possa comprovar o trabalho feito em favor da Petrobras. Ao falar dos adversários, disse que a oposição não tem propostas capazes de dialogar com o futuro do Brasil. Ele comparou a gestão do PSDB uma “plataforma afundando no oceano” e lembrou que Eduardo participou do governo Lula, sendo eleito governador, inclusive com base nessa política de coalização que hoje comanda o país.

Há um novo momento no que diz respeito ao relacionamento institucional entre Governo Federal e Congresso Nacional, em especial com o PMDB que é liderado, na Câmara, pelo deputado Eduardo Cunha? Essa fase é duradoura?

Não se trata de um momento novo. Temos uma base heterogênea, e é natural que as tensões se acirrem em ano eleitoral. Trabalhar na base do diálogo, negociação e cumprimento de acordos é a nossa maneira para que a relação governo e base seja capaz de produzir governabilidade com responsabilidade. Se será duradouro, só o tempo dirá. 

A política é muito dinâmica e os problemas nunca estancam. O mais recente surge a partir da inquietação da oposição em torno da Petrobras. Qual sua análise sobre o assunto e que projeção faz sobre a criação da CPI?
A oposição não tem propostas capazes de dialogar com o futuro do Brasil. Aécio representa a visão financista que quebrou o Brasil, desempregou o povo e entregou o patrimônio público a preços vis. Eduardo tem que administrar a visão pseudo-ambiental de Marina e os novos aliados Bornhausen, Heráclito Fortes e outras figuras ligadas à ditadura. Tentam criar fatos políticos para desgastar o governo. A Petrobras já deu inúmeras explicações sobre esses casos. Agora, com a CPI no Senado, teremos a oportunidade de comprovar o quanto a estatal cresceu em todos os aspectos sob nossa administração, enquanto a imagem da gestão do PSDB é uma plataforma inteira afundando no oceano, a P-36.

Um dos fatores a gerar descontentamento de parte da base aliada diz respeito à liberação de emendas, sobretudo depois da condição Impositiva. De que forma o senhor e a presidente Dilma estão tratando esta questão?

Com o orçamento impositivo, os recursos das emendas serão liberados em breve. Desde que estejam de acordo com as regras e a fiscalização, terão de ser pagos. Trato dessa questão com a maior naturalidade e transparência possível.

As movimentações no Congresso em virtude da nova CPI devem trazer à tona outros assuntos polêmicos, como o Metrô de São Paulo e a Refinaria de Pernambuco. Acredita que o debate pode respingar nas candidaturas presidenciais de Aécio e Campos? 

Nossa prioridade é debater os desafios do povo brasileiro em busca de uma nação próspera, com baixa desigualdade e com projeto econômico que sustente a qualidade de vida do povo. Mas se a oposição desejar discutir denúncias, não teremos dificuldades de enfrentar esse debate, inclusive demonstrando quem fortaleceu a Polícia Federal, a Controladoria Geral da União (CGU) e jamais indicou nenhum engavetador para o MPF – Ministério Público Federal. Quanto aos fatos colocados nessa pergunta, cabe aos senadores e deputados apontar todos os ilícitos e as eventuais provas.

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