PERNAMBUCO

Biólogos explicam fenômeno da “maré vermelha” em praias de Pernambuco

Durante esta semana, algumas praias do Litoral Sul de Pernambuco, como Tamandaré e Maracaípe, foram acometidas de um fenômeno natural identificado como Maré Vermelha. O problema tem causado intoxicação em banhistas e surfistas.

 

Trata-se de um acúmulo de microalgas, que quando recebem cargas excessivas de nutrientes formam grandes populações e, durante seu metabolismo, liberam toxinas que ficam na água e às vezes vão até para a atmosfera, podendo ser inaladas por quem está na parte costeira. O mesmo caso também foi registrado no Litoral Norte de Alagoas, em Barra de Santo Antônio.

 

Como se explica a intoxicação

 

Segundo o biólogo Everthon Xavier,  as microalgas, que causaram a intoxicação, qundo recebem nutrientes a mais e geralmente estão em temperaturas altas e em baías confinadas, elas se multiplicam e formam uma população de bilhões de organismos. Durante a fotossíntese, são liberados elementos tóxicos que contamimam animais marinhos, moluscos e quem entra em contato com a água.

 

“Às vezes é tão forte que se desprende da água e vem para o ar, que fica contaminado. Os sintomas, para quem foi intoxicado, duram uns dois dias”, afirmou Everthon Xavier.

 

Os sintomas mais comuns são dor de cabeça, náuseas, vômito, tosse, coriza e irritação na pele. Caso você esteja com esse quadro e frequentou algumas dessas praias, a orientação é procurar uma Unidade de Saúde para ser medicado da forma mais adequada.

 

Como agir e se proteger

 

O biólogo Múcio Banja acrescenta ainda que o fenômeno da Maré Vermelha é relativamente comum em várias partes do planeta.

 

“Essas microalgas, embora causem a Maré Vermelha, têm um papel importante no equlíbrio dos oceanos. A questão é que elas formam grandes populações e muitas vezes algumas espécies formam manchas escuras, de cor avermelhada, o que de alguma forma originou o nome. Em algumas situações do planeta, pelo geomorfologia, é mais fácil prever”, disse.

 

Segundo ele, nas praias de Tamandaré e Maracaípe,  no Litoral Sul de Pernambuco, foi um fenômeno isolado, após um conjunto de combinações como vento, correntes marinhas e nutrientes em excesso. “A melhor medida é se afastar um pouco da praia e esperar uns três ou quatro dias, para que toda essa substância tóxica seja diluída no oceano e carregada pelo vento para longe da região costeira”, aconselhou o biólogo Múcio Banja.


Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Recomendamos pra você


Receba Notícias no WhatsApp