BRASIL

Bolsonaro empurra goela abaixo do PL as candidaturas de Tarcísio ao governo e de Salles ao Senado em São Paulo

Exigências de Jair Bolsonaro para se filiar ao PL envolveram o fim de acordos firmados anteriormente e o apoio às candidaturas do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para o Governo de São Paulo, e do ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles para o Senado

247 –  O acordo fechado pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para que Jair Bolsonaro se filiasse à legenda envolveu pressões feitas pelo Planalto para que o partido do Centrão deixasse de lado alianças firmadas anteriormente em São Paulo. Uma das exigências de Bolsonaro foi que o PL apoiasse a candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para o governo de São Paulo, que vem resistindo à ideia. A chapa paulista idealizada  por Bolsonaro envolve, ainda, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles para o Senado. 

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Salles – que é investigado em um inquérito sobre contrabando de madeira nativa – teria avalizado a exigência de Bolsonaro com a condicionante de que Tarcísio dispute o governo estadual. Caso isso não ocorra, ele prefere concorrer a uma vaga de deputado federal. A expectativa é que o ministro defina sua posição até o dia 30 de novembro, quando Bolsonaro se filiará oficialmente ao PL.

 Nesta semana, Salles já se posicionou como possível candidato ao atacar o ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro, condenado  por parcialidade nos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A reportagem destaca, ainda, que caso não aceite o convite de Bolsonaro, “Tarcísio também poderá enfrentar um caminho que outros ex-aliados do presidente enfrentaram, o da fritura”. Atualmente, o ministro prefere ser candidato ao Senado por Mato Grosso ou Goiás, onde possui uma maior visibilidade. “Quem conhece o presidente diz que ele teria dificuldades de perdoar”, ressalta o jornal.

Além de Tarcísio, outros integrantes do governo Bolsonaro que também pretendiam se colocar como candidatos a cargos eletivos em 2022 também tem se mostrado reticentes em função da baixa popularidade do ocupante do Palácio do Planalto, entre eles os ministros general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello.

*brasil247


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