Considerado um país que vem resistindo com certo conforto à crise econômica mundial que levou países à bancarrota como a Grécia, o Brasil recebeu nota máxima da agência chinesa Dagong, que atribuiu o rating A- (país com alta recomendação de investimento). O anúncio veio alguns dias depois da notícia amarga dada pela agência de classificação de risco americana Standard & Poor’s, que rebaixou o nível de confiança para se investir no país.
Com isso, a Dagong se contrapõe à visão das agências americanas, que apontaram problemas que residiam principalmente no arranjo político do país, que tornava a economia instável e sujeita a mudanças bruscas de curto prazo. Segundo o relatório da Dagong, sediada em Pequim, "a situação política basicamente estável do Brasil e a vantagem da atual presidente Dilma Rousseff na eleição presidencial são fatores favoráveis para a continuidade e estabilidade das políticas".
Contudo, apesar da avaliação positiva e de não serem tão incisivos como os americanos, os analistas chineses admitiram que essas questões internas podem afetar diretamente o comércio internacional com o Brasil. “O ambiente político interno complexo constrange as reformas estruturais de longo prazo, que são repletas de grandes dificuldades", aponta o relatório.
Outro ponto de consonância entre a Standard & Poor’s e a Dagong é em relação às tarifas fiscais brasileiras. "O déficit fiscal e a situação da dívida pioraram de forma consistente. Afetados pelo gasto, que aumentou significativamente, o déficit público cresceu o equivalente a 3% do PIB em 2013", diz a agência chinesa, que projeta uma subida desta dívida para o patamar de 68,2% do PIB este ano.
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