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Brasil enfrenta México motivado por torcida ‘especial”

Fortaleza está eufórica. Nesta segunda-feira, 16 – mesmo após a decepção de, na chegada da Seleção à cidade, nem terem visto os ídolos -, os cearenses mantiveram a vigília ao hotel do time brasileiro. A busca era por um mínimo registro, algo que também não conseguiram os que foram ao Castelão no horário do treino da equipe de Felipão.

No entanto, o ânimo nordestino foi sentido pelos jogadores do time canarinho e será importante para o duelo desta terça, às 16h, contra o México, pela segunda rodada do Grupo A do Mundial.

Foi o que garantiu o capitão Thiago Silva na entrevista coletiva desta segunda. "Faz parte da essência do povo nordestino sempre receber a Seleção com festa e, por isso, nós nos sentimos muito à vontade aqui", disse o zagueiro, que completou: "Joguei no Nordeste com a Seleção pela primeira vez na Copa das Confederações (em 2013) e me surpreendi com a recepção, com as pessoas cantando juntas o hino na hora do jogo. Aquilo deixa a gente ainda mais motivado".

Histórico no Nordeste – Aliás, em toda a história, em matéria de abrigar partidas do Brasil, o Nordeste só fica atrás mesmo do Sudeste. São 258 jogos a 57. As outras três regiões vêm atrás.

Atuando por aqui, o time só perdeu três vezes, uma delas em Fortaleza, no jogo de despedida de Felipão, após o título mundial de 2002. Entretanto, os cearenses só viram triunfos nos outros sete embates realizados no estado mais ao norte da região.

E a importância do Nordeste para a Seleção não está apenas nas arquibancadas. Contar com um bom número de jogadores da região no grupo tem, ultimamente, siginificado sucesso para o Brasil em Copas.

Região 'estreia' em 1974 – Nordestinos só passaram a ser chamados em 1974, quando disputaram a Copa Luís Pereira e Marinho Chagas. Em 1994, o número foi recorde (quatro) e o Brasil voltou a ser campeão após 24 anos. Em 2002, a marca foi superada (cinco) e a Amarelinha faturou o penta. Desta vez, como em 1994 e 1998 (quando a equipe foi vice), quatro atletas representarão a região: os titulares Daniel Alves (baiano) e Hulk (paraibano), além dos reservas Dante (baiano) e Hernanes (pernambucano).

Certo da energia dos nordestinos, o carioca Thiago Silva fez um pedido especial: "Quero que a torcida faça como nós, jogadores. Cantem o hino agarradinhos. Isso é algo que eu e David (parceiro de zaga) fazemos questão. Isso fará uma diferença grande pra gente". Nem precisava pedir.

Dúvida sobre Hulk – Com um problema muscular na parte posterior da coxa direita, o atacante Hulk não participou, nesta segunda, do treino de reconhecimento do gramado do Castelão e é dúvida para o jogo contra o México.

Sobre seu aproveitamento ou possível substituto, o técnico da Seleção, Luiz Felipe Scolari faz questão de deixar o mistério no ar. "Vamos avaliar amanhã (terça-feira). Ele não veio para a atividade porque não poderia fazer a mesma coisa que os outros. Era melhor ficar tratando no hotel", explicou o treinador, que não deu pistas sobre quem poderia substituir o atacante.

Na coletiva, o assunto Hulk só foi superado pelo tema México. E Felipão encheu o adversário de elogios. "É uma equipe forte, aguerrida, habilidosa e organizada… E o seu novo técnico, Herrera, mudou o sistema de jogo para melhor. Ele tem um ótimo poder de incentivo aos atletas".

Brasil x México – Grupo A – 2ª rodada da primeira fase da Copa

Local: Arena Castelão, em Fortaleza-CE
Quando: terça-feira, 17, às 16 horas

Árbitro: Cüneyt Çakir
Assistentes: Bahattin Duran e Tarik Ongun (trio da Turquia)

Brasil – Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar e Hulk (Ramires ou Willian), Fred e Neymar. Técnico: Felipão.

México – Ochoa, Moreno, Rafa Márquez e Rodríguez; Aguilar, Vázquez, Guardado, Herrera e Layun; Giovani dos Santos e Peralta. Técnico: Miguel Herrera.

Da Redação com Agências


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