BRASIL

BRICS: Cid Gomes se reúne com Ministros da Defesa e da Justiça

O governador Cid Gomes se reuniu na última sexta-feira (04), no Palácio da Abolição com os Ministros da Defesa, Celso Amorim; e o da Justiça, Eduardo Cardozo, para definir detalhes operacionais e aperfeiçoar a integração das forças armadas e de inteligência estaduais e federais para a realização da VI Conferência de Cúpula do BRICS que será realizada em Fortaleza no dia 15 de julho, no Centro de Eventos do Ceará (CEC). Na conferência, os chefes de estado do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estarão presentes. Paralelamente à realização da cúpula, acontecerão eventos com autoridades do setor público e privado dos países envolvidos.

Participaram também da reunião integrantes Ministério das Relações Exteriores, Exército, Polícia Federal, Secretaria de Grande Eventos, Secretaria Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), bem como os secretários estaduais, Servilho Paiva (Segurança Pública), Mariana Lôbo (Justiça) e Joel Brasil (Casa Militar). 

BRICS

Captura de Tela 2014-07-04 às 14.51.13Os chefes de estado de cada um dos cinco países que compõem o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) virão à conferência. Paralelamente ao encontro dos chefes de estado, acontecerão eventos paralelos com autoridades do setor público e privados dos países envolvidos.

Os cinco países que integram o BRICS consolidam-se como atores internacionais de crescente relevo, tanto no plano político como na área econômico-financeira. Além de definirem mais de 30 áreas de cooperação entre si, os BRICS coordenam atualmente suas posições nas Nações Unidas, no G-20, no Banco Mundial e no FMI, aumentando, em função disso, a sua importância nesses foros. Todos os países do BRICS sediaram pelo menos uma Cúpula. Os encontros precedentes foram realizados em Ecaterimburgo, Rússia (2009); Brasília (2010); Sanya, China (2011); Nova Délhi, Índia (2012) e Durban, África do Sul (2013). E, em 2014, será em Fortaleza.



A ideia do BRICS foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O´Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICS”. Fixou-se como categoria da análise nos meios econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação. Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, por ocasião da III Cúpula, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla BRICS.



O peso econômico dos BRICS é certamente considerável. Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países representou 65% da expansão do PIB mundial. Em paridade de poder de compra, o PIB dos BRICS já supera hoje o dos EUA ou o da União Europeia. Para dar uma ideia do ritmo de crescimento desses países, em 2003 os BRICs respondiam por 9% do PIB mundial, e, em 2009, esse valor aumentou para 14%. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%.


Até 2006, os BRICs não estavam reunidos em mecanismo que permitisse a articulação entre eles. O conceito expressava a existência de quatro países que individualmente tinham características que lhes permitiam ser considerados em conjunto, mas não como um mecanismo. Isso mudou a partir da Reunião de Chanceleres dos quatro países organizada à margem da 61ª. Assembleia Geral das Nações Unidas, em 23 de setembro de 2006. Este constituiu o primeiro passo para que Brasil, Rússia, Índia e China começassem a trabalhar coletivamente. Pode-se dizer que, então, em paralelo ao conceito “BRICs” passou a existir um grupo que passava a atuar no cenário internacional, o BRIC. Em 2011, após o ingresso da África do Sul, o mecanismo tornou-se o BRICS (com "s" maiúsculo ao final).


Como agrupamento, o BRICS tem um caráter informal. Não tem um documento constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas atividades. Em última análise, o que sustenta o mecanismo é a vontade política de seus membros. Ainda assim, o BRICS tem um grau de institucionalização que se vai definindo, à medida que os cinco países intensificam sua interação.

(Governo do Estado do Ceará)


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