BRASIL

Cardozo defende Lula e garante que ex-presidente se comporta com lisura

 O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a defender o ex-presidente Lula nesta sexta-feira 12, ao afirmar que ele se comporta com "absoluta lisura" e que a oposição promove uma briga política visando incriminá-lo.Ele também afirmou ter "absoluta convicção" que a a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014 não fez uso de caixa 2.

Lula virou alvo na Operações Lava Jato, que investiga o sítio em Atibaia (SP) frequentado por ele e sua família, e foi convocado a depor como investigado pelo Ministério Público de São Paulo, no caso do apartamento no Guarujá. Nesta quinta-feira, Cardozo fez outra defesa enfática a Lula. "Acho que setores da oposição, visivelmente, querem isso. Já há algum tempo em que procuram, a cada passo, atingir o presidente Lula porque reconhecem nele o grande líder que desafia os projetos políticos da oposição", disse.

"Como pessoa que conhece o presidente Lula há muito tempo, eu sempre o tive como um grande líder, eu sempre o tive como uma pessoa que se comporta com absoluta lisura. Isso como testemunha de vida, e não de ministro. Eu atribuí sim, não no âmbito da investigação, mas no âmbito da política, em que há muitos setores da oposição em criar situações que atinjam a imagem de uma pessoa que foi um presidente indiscutivelmente aplaudido durante todo o período da sua gestão pelas substantivas melhoras e mudanças que empreendeu no país", disse o ministro nesta sexta.

"Portanto há sem sombra de dúvida uma luta política em torno disso, em que setores oposicionistas tentam obviamente maximizar situações que evidentemente não podem ensejar pré-julgamentos, condenações", acrescentou Cardozo. O ministro evitou comentar a nota do presidente nacional do PT, Rui Falcão, em que denunciou o que chamou de "consórcio entre a oposição reacionária, a mídia monopolizada e setores do aparelho de Estado capturados pela direita" visando incriminar o ex-presidente Lula de algum modo.

O ministro ressaltou, mais uma vez, que o governo da presidente Dilma não interfere em investigações. "O dia em que o ministro da Justiça fizer algum juízo de valor sobre situação em investigação, ele descumpre dois preceitos. O primeiro em que não pode interferir dando opiniões em investigação. Ele deve agir quando há ilegalidade ou abuso. E segundo, é justamente criar situações do ponto de vista da imagem das pessoas que eu acho pouco desejável", afirmou.

Sobre a suspeita de que a campanha da reeleição da presidente Dilma tenha utilizado caixa 2, o ministro foi enfático: "Tenho absoluta convicção de que na campanha da presidente Dilma não houve situação nenhuma de pagamentos ilegais. Já há tantos processos, e as contas foram aprovadas, tudo absolutamente regular. Não vejo constrangimento", disse.

Brasil 247 


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