BRASIL

Carlos Siqueira é eleito presidente do PSB por aclamação

O PSB escolheu, por aclamação, Carlos Siqueira, ex-coordenador da campanha de Eduardo Campos, como presidente nacional do partido, no lugar de Ricardo Amaral, que decidiu não participar das eleições após a decisão da legenda, tomada na semana passada, de apoiar a candidatura do tucano Aécio Neves.

A chapa eleita, única inscrita, tem a participação forte de socialistas de Pernambuco que colocaram na mesa o resultado das eleições deste ano, no qual o estado de Campos elegeu, oito deputados federais, um senador e o governador.

Siqueira é pernambucano, mas filiado ao PSB do Distrito Federal. Muito ligado a Eduardo Campos, ele foi o único nome de consenso para a formação da chapa na semana passada. Outros pernambucanos, inclusive filiados há pouco tempo, como o prefeito de Recife Geraldo Júlio, foram alçados a cargos de direção.

Além do prefeito, são do estado de Eduardo Campos, o novo vice-presidente, o governador eleito do estado, Paulo Câmara, e Fernando Bezerra, ex-ministro do governo de Dilma Rousseff, que ocupará o cargo de vice-presidente de Relações Parlamentares do partido. O atual governador de Pernambuco, João Lyra Neto, será o novo vice-presidente de Relações Federativas do PSB.

Entre os apoiadores de Dilma, três fazem parte da executiva: Ricardo Coutinho, que disputa a reeleição na Paraíba, com o apoio do PT será o novo vice-presidente para Políticas Públicas do PSB. A senadora Lídice da Mata (BA) e o governador do Amapá, Camilo Capiberibe, que também disputa a reeleição com apoio do PT, foram eleitos secretários especiais da legenda.

A escolha da nova executiva do PSB nacional ocorreu em clima de tensão, após a reação do presidente do partido, Roberto Amaral, de não participar da disputa e de ter saído disparando contra o partido, que declarou, por maioria, apoio à candidatura do tucano Aécio Neves.

Com a ausência do atual presidente Ricardo Amaral e de Luiza Erundina, a nova executiva foi eleita por aclamação.

Ao chegar à reunião, o deputado Beto Albuquerque, que foi candidato a vice na chapa encabeçada por Marina Silva disse que Amaral precisava aprender a respeitar as decisões partidárias e que se tivesse “força política” no partido, formaria sua própria chapa. “Se você não concorda com uma chapa e tem força política, se faz outra chapa”, disse Albuquerque.

A única chapa na disputa é liderada por Carlos Siqueira, ex-coordenador da campanha de Eduardo Campos. Siqueira conta com o apoio do PSB de Pernambuco que quer o controle da legenda alegando que foi o estado que mais elegeu deputados federais, senador e governadores.

Siqueira abandonou a campanha se desentendendo com Marina, assim que ela assumiu a candidatura após a morte de Campos. De acordo com Beto, antes de a chapa ser registrada, na semana passada Marina e Carlos Siqueira conversaram para aparar arestas. “Eles já conversaram e ele explicou a ela que suas acusações ocorreram em um clima de grande estresse”, disse o deputado.

Além de Amaral, a deputada Luiza Erundina também se recusou a participar da escolha da nova direção do partido, após a decisão tomada na semana passada de dar apoio à candidatura tucana. Amaral e Erundina não compareceram à reunião de hoje.

Além disso, integrantes da Rede também não participam da chapa. Segundo Albuquerque, a ausência dos políticos da Rede, partido informal liderado por Marina, faz parte do acordo firmado quando Marina chegou ao PSB. “Desde sempre a Rede declinou de participar dos cargos de direção do PSB”, informou.

(do iG) 


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