“Eu disse isso para o presidente Maduro. Eu estive com ele no dia seguinte da eleição e perguntei sobre as atas. Ele me disse que seriam publicadas”, afirmou. “Depois encontraram esse caminho pela Justiça. Eu tenho que confessar a minha ignorância, não compreendo bem ainda o que a Justiça vai fazer.”

O assessor viajou para a Venezuela para observar o processo eleitoral do país em 28 de julho. Após as eleições, Amorim reforçou o pedido do governo brasileiro para que as atas, documentos detalhados sobre o número de votos e os resultados em cada urna, fossem publicadas.

“Temos que encontrar uma solução para isso. Acho, pessoalmente, pelo nível de divisão que eu vejo e existe na Venezuela, será necessário algum tipo de conversa de mediação”, disse Amorim.

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Maduro venceu com 51,95% dos votos, enquanto o opositor, Edmundo González, conseguiu 43,18%. A oposição contesta o resultado divulgado pelo órgão eleitoral, afirmando que, segundo uma contagem paralela, González foi eleito com 67% dos votos, enquanto Maduro teria obtido apenas 30%. Os opositores também exigem a divulgação das atas.