PERNAMBUCO

Com críticas ao “nevou” petistas participam de pré-candidatura de Túlio Gadêlha à prefeitura do Recife

Por Karol Matos, do blog Cenario

 

 

O evento de lançamento da pré-candidatura do deputado federal Túlio Gadêlha (REDE), no Recife, contou com as presenças dos deputados estaduais João Paulo Lima e Rosa Amorim, ambos do PT.

 

 

Eles recepcionaram a ministra Marina Silva e foram convidados para falas de abertura. Rosa pontuou que há muita convergência entre os dois (ela e Túlio), principalmente em relação à defesa do presidente Lula (PT).

 

 

João Paulo, que há alguns meses chegou a ter o nome cogitado para voltar a concorrer à Prefeitura do Recife, reconheceu que há uma conjuntura difícil eleitoralmente, e que poderão estar em palanques diferentes, mas defenderão as mesmas pautas.

 

 

Ele ainda foi mais incisivo, com críticas à gestão de João Campos (PSB), fazendo uma correlação entre o “nevou” – moda de platinar o cabelo, adotada pelo prefeito – e os desastres causados no período chuvoso.

 

 

“Tudo bem que nevou, mas choveu muito no inverno passado, mas choveu em todo canto! Onde é que morreram 50 pessoas na cidade do Recife? Morreram na área de periferia, pobre e preta, e qualquer prefeito que ame a cidade, mas, acima de tudo, ame o povo, tem que ter uma política de proteção, como nós colocamos, em defesa da vida, todos os dias”, disse João Paulo.

 

Apoio do PDT

 

Em vídeo veiculado, no evento de lançamento da pré-candidatura de Túlio Gadêlha (PDT) a prefeito do Recife, o ministro Carlos Lupi, que comanda o PDT a nível nacional, anunciou o apoio do partido ao deputado federal.

 

 

Lupi afirmou que em breve estará na capital pernambucana para oficializar este apoio. No evento de hoje (2), o secretário de Criança e Juventude do Estado, Ismenio Bezerra, representou o PDT.

 

 

“O recado é claro: nós do PDT, queremos e estaremos com Túlio”, disse o secretário.

 

 

Atualmente, o PDT ocupa a base da governadora Raquel Lyra (PSDB) e um dia após a aliança com a tucana, o presidente estadual da legenda, Wolney Quiroz, tinha afirmado que o PDT estaria com João no Recife, o que criou um mal-estar dentro do partido.

 

 

A oficialização de que a legenda de Lupi estará com Túlio acontece no bairro do Recife, no mesmo momento em que Wolney cumpre agenda ao lado de João Campos, no Ibura.

 

 

Gadelha agradece apoio de Lupi

 

 

Ao lado da ministra Marina Silva, líder da Rede, Tulio Gadêlha  assistiu a vídeos do ministro Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, que declarou apoio ao seu projeto, além da deputada federal Renata Abreu, comandante nacional do Podemos.

 

 

Ela parabenizou Túlio, mas não declarou apoio abertamente. Ambos os partidos integram a base do governo Raquel Lyra.

 

 

 

“Fiquei muito emocionado com o vídeo do presidente Lupi, que reconheceu também o que aconteceu no passado, e que agora quer reparar os erros que o partido havia cometido”, disse Túlio durante discurso.

 

Questionado se acredita ter sido perseguido no PDT quatro anos atrás, quando teve sua candidatura a prefeito rifada no Recife, Gadêlha contou que teve uma conversa com Carlos Lupi e viu que hoje o partido se arrepende.

 

“O PDT fez uma leitura em 2020, que hoje se arrepende. Inclusive, conversei profundamente com o presidente Lupi. A gente, naquele momento, tentou construir uma candidatura à prefeitura da cidade. Não logrou êxito essa candidatura e fui muito bem acolhido pela Rede. O presidente Lupi viu o resultado do nosso mandato, do nosso trabalho, foi acreditando cada vez mais e tem me ajudado não só em trazer o PDT para a nossa base, mas também trazer outros partidos que são fundamentais para a gente entrar nessa disputa”, disse.

 

Rede e PSOL

 

 

A Rede faz parte de uma federação com o PSOL, que também tem uma pré-candidata colocada: a deputada estadual Dani Portela. Na coletiva de imprensa, Túlio Gadêlha falou sobre as críticas à relação dele com a governadora Raquel Lyra (PSDB).

 

“Não tem problema nenhum, na democracia, ter campos políticos que dialogam com setores diferentes, com governos diferentes. A governadora Lyra sempre teve sua história na esquerda, no PSB. Foi perseguida no PSB, depois foi eleita pelo PSDB, mas está próxima ao presidente Lula. A gente conseguiu trazer Raquel para o próximo do presidente Lula e, com isso, Pernambuco tem ganhado muito, bilhões de reais, investimento em obras, em estradas, em hospitais, bilhões em empréstimo com os bancos públicos. Nossa missão é aproximar a governadora Raquel do presidente, fortalecer esse campo democrático, mas, principalmente, construir um diálogo na Rede e no PSOL para afunilar uma candidatura”, justificou.

 

 

 

 

 


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