ARQUIVO NORDESTE

Com dólar mais caro, gasto de brasileiro no exterior é o menor desde 2010

O gasto dos brasileiros no exterior no primeiro semestre de 2015 somaram R$ 10 bilhões, o menor resultado para o período desde 2010, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (22) po Banco Central. Neste ano, o dólar está em média 30% mais caro.

Os R$ 10 bilhões de 2015 representam um recuo de 20% em relação ao valor gasto no mesmo período de 2014. É a primeira queda desde 2009.

Entre janeiro e junho de 2014, a cotação média da moeda norte-americana foi de R$ 2,30 para a venda, segundo os dados do Banco Central. Neste ano, ficou em R$ 2,97 – em 30 de junho, bateu em R$ 3,10, ante os R$ 2,20 do mesmo dia de 2014.

Os turistas estrangeiros também deixaram menos dinheiro no Brasil neste ano. Os gastos cairam 57%, para US$ 2,9 bilhões. O Banco Central ressalta que em 2014 houve a Copa do Mundo em junho, o que elevou a base de comparação.

Como os gastos de estrangeiros no Brasil caíram mais do que os dos brasileiros no exterior, o déficit no item “viagens internacionais” – que inclui não só viagens de lazer – do balanço de pagamentos recuou 20%, de US$ 8,9 bilhões para US$ 7 bilhões em 2015.

Saldo negativo de US$ 38,3 bilhões

No total, o saldo negativo das transações correntes – compras e vendas de mercadorias e serviços do País com o mundo – ficou em US$ 2,547 bilhões, no mês de junho, e acumulou US$ 38,282 bilhões, no primeiro semestre do ano.

Quando o país tem déficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo.

Em junho, o IDP chegou a US$ 5,397 bilhões, acumulando US$ 30,918 bilhões, nos seis meses do ano.

O investimento em ações negociadas no Brasil e no exterior chegou a US$ 791 milhões, no mês passado, e a US$ 10,810 bilhões, no primeiro semestre. Para o investimento em títulos negociados no país, houve mais saída de investimentos do que entrada, com saldo negativo de US$ 242 milhões, no mês. No primeiro semestre, o saldo ficou positivo em US$ 21 bilhões.

*IG com informações da Agência Brasil


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