ARQUIVO NORDESTE

Comissão do Senado aprova Goldfajn para presidência do Banco Central

O economista Ilan Goldfajn, indicado para presidir o Banco Central, teve hoje (7) o nome aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (CAE) por 19 votos a favor e 8 contra. A sabatina com começou às 10h20 e terminou às 14h35.

A senadora Gleisi Hoffmann, que preside a comissão, acatou questão de ordem do senador Telmário Mota, do PDT de Roraima, e decidiu abrir a votação antes da sessão acabar.

A mensagem com a aprovação do nome de Ilan Goldfajn pela CAE deverá ser enviado ainda hoje para apreciação no plenário do Senado, com preferência de votação.
Durante a sabatina, Goldfajn garantiu rigor no combate à inflação e empenho para atingir o centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Segundo ele, essa é uma das condições para devolver a confiança e o crescimento ao país. “[Meu objetivo] será cumprir plenamente o centro da meta”, disse. Ele também defendeu um teto para as despesas públicas, proposta anunciada pelo presidente interino Michel Temer e que ainda está sendo elaborada para ser enviada ao Congresso Nacional.

Política fiscal

Destacou que a política monetária, conduzida pelo Banco Central, é complementar à política fiscal. Sinalizou o comprometimento do governo com a estabilidade fiscal para permitir a volta da confiança.

Ao fim da sabatina, Ilan reafirmou que pretende atingir a meta de inflação, hoje em 4,5%, em um horizonte não distante. O economista indicado para a presidência do Banco Central destacou também que a estratégia para fazer a dívida se estabilizar tem a ver com vários componentes. Um deles é “enfatizar” as despesas, que têm subido nos últimos anos. Deve-se considerar ainda, segundo ele, as receitas, as taxas de juros e o estoque da dívida, entre outras.

Ilan disse que é importante trabalhar também a imagem do Brasil “devagar e sempre” para recuperar a confiança dos investidores, incluindo as agências de classificação de risco. Ele declarou também que é importante aprimorar os modelos para a economia, que são sempre possíveis de melhorar.

“ A marca que gostaria de deixar, ao administrar o Banco Central, além de inflação na meta e o sistema financeiro estável, é a comunicação, credibilidade e confiança”, afirmou.

Agência Brasil


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