BRASIL

Comitê Popular da Copa reivindica direito de protestar em frente à Fonte Nova


Depois de terem sido impedidos ontem (15) de chegar à Arena da Fonte Nova, em Salvador, manifestantes tentarão acordo com o Comando da Polícia Militar (PM) para que possam fazer novos protestos pacíficos nos arredores do estádio que receberá jogos da Copa do Mundo.

Segundo Argemiro Ferreira, da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa, um grupo de cerca de 150 pessoas saiu ontem da Praça da Piedade em direção à arena. A intenção era fixar 11 cruzes na frente do estádio, representando os 11 operários que morreram nas obras dos estádios por todo o Brasil, nove deles mortos em obras para a Copa do Mundo.

De acordo com Ferreira, a PM informou, durante o percurso, que o movimento poderia ir no máximo até a praça em frente ao Colégio Central, bem próximo do local de início do protesto. Depois de algumas negociações com os policiais, os manifestantes foram autorizados a ir até o Campo da Pólvora, próximo à arena.

A PM permitiu ainda que 11 pessoas fossem até o estádio fixar as 11 cruzes. Porém, os manifestantes decidiram não aceitar a restrição. Por volta das 19h, o grupo dispersou-se.

Segundo o Departamento de Comunicação Social da PM baiana, a polícia acompanhou a manifestação por todo o trajeto, mas avaliou que era melhor limitar o percurso. “A Polícia Militar acompanhou a manifestação na quinta-feira. Contudo, diante do risco de depredação do patrimônio público e privado e para proteger a integridade física das pessoas, o acesso ao estádio foi restrito”, informou em nota. A corporação negou ter recebido, até agora, pedido de audiência para tratar do assunto. 


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