Por Walter Santos

O governador da Paraiba, João Azevêdo, agenda sua posse no segundo mandato na segunda-feira, 1, pela manhã, mas já se prepara para participar da posse do presidente Lula conduzindo consigo a esperança evidente da retomada do Pacto Federativo entre estados e União, agora nesta nova fase que se inicia no País como presidente do Consórcio Nordeste.

– Em pouco tempo, mesmo ainda não tido tomado posse, já dialogamos com o presidente Lula muito mais vezes do que todo o período do Governo Bolsonaro, responsável pela maior crise com os Estados nordestinos -analisou João Azevêdo em entrevista no programa ” Frente à Frente” ancorado pelo jornalista Luís Torres, da TV Arapuan.

O governador lembrou das muitas crises causadas pelo presidente em fim de exercício com péssimo tratamento aos governadores que, de certa forma superaram os muitos problemas unindo-se em torno do Consórcio Nordeste.

NOVA MISSÃO

Eleito pelo conjunto dos governadores eleitos e reeleitos, João Azevêdo sabe que precisará de engenharia política para como presidente do Consórcio Nordeste atender anseios e experiencias diferentes, cuja pauta é o equilíbrio fiscal e a retomada do desenvolvimento.

Segundo ele já adiantou, há um anseio dos governadores quanto à reunião do presidente Lula com os chefes de Estado do Nordeste para alinhar propostas a merecer entendimentos e execução, a exemplo da compensação das perdas com a decisão de Bolsonaro de mexer no ICMS dos estados.

– Estamos com uma pauta atualizada abrangendo desde lutas maiores, como a Reforma Tributária justa, da mesma forma adoção de mecanismos de incentivo e apoio aos Estados – afirmou o governador dizendo já ter tratado com Lula sobre questões de interesses dos governos.

– É inconcebível que estruturas financeiras como o BNB disponho de Fundo de Desenvolvimento que só serve às empresas privadas e às estatais mas não promova nenhum incentivo na relação com os governos dos estados- comentou.

CARGOS FEDERAIS

Outro aspecto abordado por João Azevedo foi a ocupação de cargos federais relevantes no Nordeste, a exemplo da Sudene, BNB, Codevasf, Chefe, etc sem a participação dos governadores nessas indicações.

– Como são organismos chaves no Nordeste, também reivindicamos que possamos ser ouvidos para evitar que sejam indicados personalidades sem nenhum vínculo ou conhecimentos das questões centrais do Nordeste – frisou.

PAUTAS MAIORES

O presidente do Consórcio projeta discussões e encaminhamentos mais estratégicos com o Nordeste pela diversidade de situações até climáticas e econômicos como advém do Hidrogênio Verde, Energia Eólica e Solar, projetos estruturantes, que vão estar na pauta da reunião com os governadores.