247 – Para especialistas e instituições do mercado financeiro, a decisão que sairá do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nesta quarta-feira (21) sobre a taxa de juros será o fator menos importante.
O Copom revelará sua decisão sobre manter ou modificar a taxa básica de juros, a Selic, mas a atenção estará voltada principalmente ao comunicado do comitê, que poderá indicar o rumo dos juros daqui em diante. “Esperamos que o anúncio da taxa seja a parte menos importante da reunião”, resumiu Mauricio Oreng, do Santander, em relatório aos clientes, relata o Metrópoles.
A visão predominante nos mercados é que a Selic permanecerá no nível atual de 13,75%, o mais alto desde 2016. Se essa projeção for confirmada, será a sétima reunião consecutiva em que o Copom opta por manter a taxa. No entanto, considerando a desaceleração da inflação mais rápida do que o esperado, espera-se que o Banco Central possa iniciar em breve um ciclo de redução dos juros: o início desse movimento é aguardado para a reunião de agosto ou, em projeções mais conservadoras, em setembro.
Nos comunicados recentes, o Copom tem enfatizado que, apesar da melhora nas expectativas de inflação para 2023, o consenso do mercado para 2024 e 2025 ainda se mantém perigosamente próximo de 4%, e não dos 3% previstos na meta. Os dados do núcleo da inflação também estão desacelerando com menos intensidade do que a inflação geral, e permanecem dúvidas sobre o cenário fiscal.