NORDESTE

Cresce 650% o número de moradores de rua em Natal – RN, durante a pandemia

Em Natal, Capital potiguar, cerca de 3 mil pessoas tem atualmente a rua como moradia. Esse número era de 400, no início da pandemia, segundo a Secretaria Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (Seharpe). O crescimento de pessoas nessa situação neste período foi de 650%, por consequência da crise econômica e do déficit habitacional.

As pessoas em situação de rua se somam a outras famílias que também sofrem com a falta de moradia digna na capital potiguar. Segundo o Governo do RN, a última estimativa do IBGE aponta o déficit habitacional de cerca de 40 mil moradias em Natal e na Grande Natal.

“É uma situação muito complicada. É claro que se eu pudesse eu não moraria aqui”. A frase é de um homem, que preferiu não se identificar, que vive em situação de rua e mora embaixo do Viaduto do Baldo, na Zona Leste de Natal, com outras famílias.

De acordo com a Seharpe, atualmente 93 mil pessoas estão inscritas em programas habitacionais esperando imóveis na cidade.Outro problema é que as pessoas em situação de rua não têm prioridade em programas de habitação, como são os casos de quem está em ocupação ou área de risco.

Recentemente, 51 famílias desabrigadas de Natal ocuparam o prédio da antiga Faculdade de Direito da UFRN. Atualmente a situação vive um imbróglio judicial e a questão segue em debate entre o poder público, as famílias e a UFRN.

Com base no IBGE o déficit habitacional é de 137 mil casas no Rio Grande do Norte.  O déficit habitacional não inclui apenas quem não possui nenhum tipo de moradia. O cálculo pesa também a quantidade de pessoas sem moradia adequada, que não tem casa própria e moram de aluguel, que ocupam cômodos em casas de parente, moram em áreas de risco e invasões. Além de tudo, a realidade das famílias vive o drama de não ter como se proteger da contaminação do coronavírus. O problema neste ano vem se agravando. São pessoas que se veem à margem da sociedade por uma falta de oportunidade.

*  fonte: Tribuna de Noticias


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