BAHIA

Cresce número de usuários no metrô de Salvador após início da integração

Em pouco mais de um mês, contudo, a situação mudou radicalmente para milhares de pessoas que diariamente usam o transporte público para se locomover de casa para o trabalho e vice-versa em regiões distantes, como a BR-324 e o centro da cidade

O cenário mudou não apenas por causa da implantação do metrô, mas principalmente pela integração do sistema com os ônibus, a partir das duas maiores estações de passageiros na cidade; Lapa e Pirajá.

Agora um percurso como do Calabetão – entre a BR-324 e a região da Mata Escura – ao centro da cidade pode ser feito em pouco mais de 15 minutos.

Juntas, as duas estações movimentam mais de meio milhão de pessoas em operações de embarque e desembarque.

O sistema de integração tarifária metrô/ônibus permitiu que a CCR saísse de um patamar de pouco mais de 25 mil passageiros por dia transportados nos11 trens do metrô que operam entre a Estação da Lapa e o Terminal Pirajá, para 45 mil passageiros/dia, num intervalo médio de seis minutos entre as viagens.

Conforme explicou o secretário de Mobilidade Urbana de Salvador, Fábio Mota, o sistema de integração com os ônibus permitiu ao metrô uma funcionalidade maior, com maior fluxo de passageiros.

“É um desafio para o transporte por ônibus, pois diminui a sua receita, uma vez que cada tarifa, de R$ 3,30, com a integração, representa apenas R$ 1,30 para as empresas de ônibus, mas que tem um ganho imenso para a população”, admite o secretário.Segundo Fábio Mota, a integração do metrô/ônibus será ampliada à medida em que as obras avancem em direção à Linha 2, até o Aeroporto. “Não fará sentido manter linhas atuando de forma paralela ao metrô”, diz.

241 linhas interligadas

O gestor de Arrecadação da CCR, concessionária que administra o metrô de Salvador, Julio Freitas explicou que além do custo com tarifa única e integrada nos dois sistema, o tempo é o maior benefício. “Há o conforto, sem os imprevistos do trânsito, mas o ganho de tempo nos deslocamentos é o mais importante”, disse.

Atualmente o metrô tem capacidade para transportar até 200 mil passageiros/dia, podendo alcançar 600 mil, com a complementação da Linha 2, que vai do Acesso norte até Lauro de Freitas.

Com 241 linhas interligadas – 200 na Estação da Lapa e 41 no Terminal Pirajá, a integração metrô/ônibus permitiu não apenas o encurtamento do tempo de viagem da periferia para o centro da cidade, como também gerou uma economia de pelo menos 50% para os usuários dos dois sistemas, com o pagamento de uma tarifa única, hoje no valor de R$ 3,30. “Ficou melhor”, resume a comerciária Luscilene Silva, 22, que diariamente faz o trajeto da estação Pirajá até a Lapa.

A criação de estruturas de acessibilidade para pessoas com algum tipo de deficiência e/ou mobilidade reduzida nas estações de metrô e terminais de ônibus integrados ao sistema, facilita o acesso da população.

As estações e trens são totalmente acessíveis com rampas, escadas rolantes, elevadores, rota tátil, banheiro adaptado e as pessoas com deficiência recebem atenção personalizada dos agentes de Atendimento e Segurança.

Com 55% das obras da Linha 2 concluídas, a previsão é que até o final do ano o metrô chegue à Estação rodoviária, a partir da Estação do Acesso Norte. As obras da linha 2, que vai para Lauro de Freitas, já chegaram à região do Aeroporto.

Até o final de 2017, as duas linhas estarão operando, restando apenas o complemento da Linha 1, que vai da estação Pirajá até Águas Claras, de aproximadamente cinco quilômetros e que deverá ser licitada ainda este ano.

Tribuna da Bahia


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