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“Devemos ser implacáveis contra o racismo e o antissemitismo”, diz Hollande

"Devemos ser implacáveis contra o racismo e o antissemitismo". A frase é um dos momentos de destaque do curto discurso proferido pelo presidente da França, François Hollande, pouco depois do fim das ações que resultaram na morte de ao menos quatro reféns e três terroristas, nesta sexta-feira (9), em municípios próximos à cidade de Paris.

Na fala de pouco mais de cinco minutos, Hollande ressaltou a ocorrência de ataques a mesquitas realizados após a chacina na sede da revista satírica "Charlie Hebdo", na quarta-feira, e apontou, principalmente, a invasão ao mercado judaico ocorrida nesta sexta, quando ao menos três reféns foram mortos, em mais um de uma série de atos contra judeus em território francês.

"Os assassinos foram neutralizados graças a uma operação dupla das polícias. E eu gostaria de dizer que estamos orgulhosos dos nossos agentes. Os policiais fizeram ações para salvar reféns e neutralizar os assassinos. Mas a França sabe: as ameaças ainda não acabaram", disse Hollande, fazendo coro ao que o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, disse pouco antes.  

 

Vamos assegurar a segurança geral em lugares públicos para que possamos viver tranquilamente. Temos de ser cuidadosos e cautelosos. Gostaria também de pedir a unidade à França, a demonstração de que estamos determinados a lutar contra tudo o que possa nos dividir."

Expressando a solidariedade do governo a todas as vítimas do terror dos últimos dias, o presidente aproveitou para convocar a grande manifestação contra o terrorismo que irá ser realizado no domingo (11). O ato é uma consequência ao ataque terrorista mais letal de 2015 no Ocidente, na quarta, quando 12 pessoas – entre cartunistas, jornalistas e um policial – foram mortas na sede da revista conhecida por satirizar tudo e todos, inclusive o vingativo fundamentalismo islâmico.

Hollande garantiu que estará presente no evento, em um momento no qual a tensão no Oriente Médio aumenta com o crescimento de grupos como o Estado Islâmico, que tem atraído militantes de todo o mundo, principalmente da Europa e dos EUA, para treinar na Síria e Iraque com o objetivo de realizarem ataques em seus países de origem.

"Não podemos confundir as coisas: esses fanáticos não tem nada a ver com a religião. E, por isso, precisamos sempre usar a força quando necessária", ressaltou o presidente francês. "Saíremos mais fortes deste desafio."

 

(Do iG)


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