BRASIL

Dilma defende nordestinos e diz que candidatos derrotados têm livre escolha

A candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), iniciou hoje (8) uma rodada de viagens pelo Nordeste, que proporcionalmente concedeu a ela o maior número de votos no primeiro turno. Em seu primeiro destino, Teresina, Dilma afirmou que o país tem uma “dívida de responsabilidade histórica” com a Região Nordeste, “tradicionalmente prejudicada por uma visão elitista do Brasil”. Nos últimos dias, após o primeiro turno das eleições, internautas postaram comentários em redes sociais com críticas preconceituosas a nordestinos que votaram em Dilma.

Nesta quarta-feira (8), a candidata se reuniu com lideranças políticas na capital piauiense, estado que deu a ela a maior votação no primeiro turno, e seguiu para João Pessoa, onde se reúne nesta noite com prefeitos e aliados paraibanos.

Antes de conhecer o anúncio oficial do PSB de apoio à candidatura à Presidência, de Aécio Neves (PSDB), Dilma atribuiu à livre escolha os anúncios de preferências para o segundo turno. Sobre estados em que teve pouca votação, a candidata disse que pretende recorrer a todos os métodos para solucionar as diferenças.

“Eu tenho orgulho de dizer que fizemos uma grande transformação aqui no Nordeste. Porque tem gente que olha para o Nordeste com o preconceito de quem governou o país só para outras regiões”, discursou. Em entrevista a jornalistas, a candidata exemplificou essa mudança pela ampliação do emprego. “O que aconteceu no Brasil foi uma verdadeira revolução, ampliando o mercado de consumo, de geladeira, fogão, celulares etc., porque houve aumento de salários". "Houve aumento extraordinário dos empregos."

Dilma disse que a região vive um momento especial e que em seu governo e nos dois anteriores, do PT, o crédito consignado foi ampliado, resultando em uma “grande revolução do empreendedorismo”. “Tudo isso configura uma imensa capacidade de consumo, beneficia o Nordeste, porque aqui virou local olhado com interesse por todas empresas que produzem bens de consumo duráveis e não duráveis”, afirmou a candidata. Ela também lembrou as obras de infraestrutura e de garantia da segurança hídrica feitas em sua gestão.

Um dia depois de dizer que poderá anunciar propostas específicas para São Paulo visando a agradar ao eleitorado local, a petista avaliou que essa diferença de votos com o candidato não é “nada que não se possa solucionar”. “Iremos nos esforçar para, através do diálogo, conversas, mobilizações, de todos métodos, internet, televisão, de todos eles, inclusive desta entrevista, ampliar a votação em todos estados da Federação”, afirmou.

Hoje à tarde, a executiva do PSB – partido que obteve a terceira maior votação com a candidata Marina Silva – decidiu apoiar Aécio Neves. Nesta quinta-feira (9), a ex-candidata anuncia a posição oficial de todos os partidos da coligação. Perguntada sobre a possibilidade de Marina sinalizar apoio a Aécio, Dilma Rousseff disse que “democracia é isso”, um “exercício no qual as pessoas apoiam aqueles que elas mais se identificam”. “Quando você se identifica mais com um projeto econômico e social, você apoia ele. Agora, você assume também os compromissos com os princípios daquele projeto”, acrescentou a candidata, avaliando que esse processo é muito melhor do que os ditatoriais, em que não se vota nem se debate.

 

(Da Agência Brasil)


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