BRASIL

Dilma e Marina se confrontam e deixam Aécio Neves em segundo plano

O segundo debate entre os presidenciáveis se caracterizou pelo embate direto das duas principais candidatas, segundo as pesquisas de intenção de voto. Subindo o tom e trocando farpas, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) discutiram sobre economia, governabilidade e pré-sal, no encontro realizado pelo SBT nesta segunda-feira (01).

Dando indícios de que Marina seria o principal alvo da noite, Dilma abriu o debate questionando a candidata do PSB. Listando as inúmeras promessas que a socialista fez, como a de destinar 10% do PIB para a saúde, a presidente quis saber como a adversária ia levantar fundos para pagar todos os seus projetos.

"Fazer com que nosso orçamento possa ser acrescido pela eficiência em relação aos tributos recolhidos da sociedade. A sociedade paga muito alto para que as escolhas que são feitas sejam na direção errada”, respondeu Marina, prometendo fazer uma melhor distribuição da arrecadação de impostos.

Dilma acusou a adversária de não ter ser sido clara em sua resposta. “A senhora falou, falou e não disse nada.”

Segundo bloco:
No segundo segmento do debate, os candidatos responderam perguntas de jornalistas. Dilma e Marina mais uma vez concentraram as atenções do debate. Membro da Assembleia de Deus, a candidata falou de dois temas que costumam ter forte rejeição entre os eleitores evangélicos.

"Eu não apoio a realização do aborto. Mas não satanizo quem apoia a descriminalização das drogas ou o aborto. São questões muito complexas e que merecem cuidado", explicou Marina.

Terceiro bloco:

Penúltimo bloco se caracterizou por um endurecimento do embate entre Dilma e Marina, em questões como governabilidade. Ambas as candidatas aumentaram o tom ao trocar perguntas entre si. Com isso, o candidato do PSDB ficou em segundo plano.

Segundo debate:

O debate desta segunda foi segundo entre os concorrentes ao Palácio Planalto. Os três principais candidatos da corrida presidencial concentram as atenções nas discussões. Em ascensão nas pesquisas de intenção, Marina Silva (PSB) deve receber ataques dos adversários Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

Presidente do PSB, Roberto Amaral disse que sua candidata se preparou para ser alvo dos adversários. “[A orientação] é não aceitar nenhuma provocação. Não vamos fazer o jogo deles”, confirmou Amaral, acrescentando que ela vai tentar manter uma postura “firme sem ser arrogante”.

Dilma e Marina chegaram aos estúdios da emissora com uma diferença de 10 minutos. A primeira chegou às 17h e a segunda, às 17h10. A presidente chegou ao debate escoltada por duas vans e uma ambulância. Desceu usando seu tradicional terno vermelho ao lado de Aloisio Mercadante, chefe da Casa Civil, e do presidente do PT, Rui Falcão. Assim como a candidata do PSB, só conversou com os jornalistas que promovem o evento.

Além de Dilma, Aécio e Marina, também participam da discussão de propostas os candidatos Eduardo Jorge (PV), Luciana Genro (PSOL), Pastor Everaldo (PSC) e Levy Fidelix (PRTB). A previsão é que o debate tenha quatro blocos e dure por volta de 1h40, se encerrando às 19h25.

No primeiro bloco, os candidatos fazem perguntas livres entre si. No segundo, eles responderão perguntas de jornalistas. Já no penúltimo, os presidenciáveis voltam a trocar questões. Considerações de cada um deles fecham o último seguimento do debate.

Luciana, Jorge e Fidelix chegaram ao debate no banco da frente de seus carros. Os dois primeiros em veículos populares, o segundo em um carro de luxo. A candidata do PSOL abaixou o vidro, mas quase ninguém reconheceu. O do PRTB acenou ao ouvir um "olha o aerotrem" e o candidato do PV chegou concentrado no celular, usando uma camiseta do partido.


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