MARANHÃO

Dois senadores maranhenses votaram contra manter prisão de Delcídio

Os senadores maranhenses João Alberto de Souza (PMDB) e Roberto Rocha (PSB) votaram contra, na sessão da Casa da noite de ontem (25), manter a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), detido na manhã de ontem sob acusação do Ministério Público Federal de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, oferecendo fuga e dinheiro (mesada de R$ 50 mil) para Nestor Cerveró (ex-diretor da área Internacional da Petrobras) não delatá-lo.

Ao justificar seu voto, um dos 13 contrários a manter a prisão do senador, na votação aberta do Senado, que teve 59 votos a favor, o senador Roberto Rocha declarou que se sentia “sem nenhum constrangimento e muito confortável” e que seu voto tinha base na Constituição Federal, que diz que “membros do Congresso Nacional não podem ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável”.

“Organização criminosa não está prevista na Constituição como crime inafiançável”, disse Rocha.

João Alberto não justificou seu voto. Outro senador maranhense, Edison Lobão (PMDB), ex-ministro de Minas e Energia do governo Dilma Rousseff, se absteve de votar.

Também votaram contra a decisão do STF os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Telmário Motta (PDT-RR), Angela Portela (PT-RR), Donizeti Nogueira (PT-TO), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE), Jorge Viana (PT-AC), José Pimentel (PT-CE), Lindbergh Farias (PT-RJ), Paulo Rocha (PT-PA) e Regina Sousa (PT-PI).

Setenta e quatro parlamentares estiveram presentes na sessão da noite de ontem. Dos 13 votos que pediram a suspensão da prisão de Delcídio, nove são de petistas, que acompanharam a orientação do partido. No entanto, dois senadores da bancada optaram por manter a decisão do STF: Paulo Paim (RS) e Walter Pinheiro (BA), que já haviam escolhido o voto aberto – o PT se posicionou pela votação fechada.

Jornal Pequeno


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