INTERNACIONAL

Dólar fecha estável, mas acumula alta de 1,86% na semana

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* – Brasília

A alta da inflação no Brasil fez o dólar fechar estável, após cair cerca de 1% durante a sessão. A bolsa de valores não acompanhou o mercado externo e fechou em baixa pela primeira vez após três altas consecutivas.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (23) vendido a R$ 5,211, com recuo de apenas 0,05%. A cotação começou o dia em queda, chegando a R$ 5,16 na mínima do dia, por volta das 12h. A partir daí, a volatilidade no mercado empurrou a moeda para cima, atingindo R$ 5,23 por volta das 16h. Nos minutos finais de negociação, o câmbio arrefeceu, fechando próximo da estabilidade.

 

A divisa acumulou alta de 1,86% na semana. A valorização chega a 4,77% em julho e soma 0,42% no acumulado de 2021.

 

O dia também foi marcado pela volatilidade no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou a sexta-feira aos 125.053 pontos, com queda de 0,87%. O indicador chegou a operar em alta nos primeiros minutos de negociação, mas caiu de forma consistente no restante do dia.

 

Esta foi a primeira queda da bolsa após três dias seguidos de ganhos. O indicador destoou das bolsas norte-americanas, que voltaram a bater recordes. Na semana, o Ibovespa acumula perda de 0,72%.

 

A divulgação de que a prévia da inflação acelerou em julho provocou instabilidade no mercado brasileiro. Neste mês, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou em 0,72%, a maior variação para o mês desde 2004.

 

A alta da inflação aumenta a pressão para que o Banco Central eleve os juros em um ritmo maior que o das últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Nos últimos encontros, a taxa Selic (juros básicos da economia) tem sido elevada em 0,75 ponto percentual. A próxima reunião do comitê ocorre em 3 e 4 de agosto.

 

A decisão do Banco Central da Rússia de aumentar os juros básicos em 1 ponto percentual diminuiu o interesse dos investidores pelo real brasileiro. Paralelamente, a expectativa com a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) nos Estados Unidos no segundo trimestre e da inflação na economia norte-americana, prevista para a próxima semana, pressionou o mercado em países emergentes, como o Brasil.

*Com informações da Reuters

 

Edição: Nádia Franco


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