BRASIL

Economia brasileira volta a crescer no terceiro trimestre, aponta IBGE

A economia brasileira voltou a crescer no terceiro trimestre, registrando alta de 0,1%, ante recuo de 0,6% no segundo trimestre, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado da indústria, com alta de 1,7%, foi um dos fatores que ajudou na alta.

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de tudo que um país produz em um determinado período, ficou ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, que girava entre alta de 0,2% e 0,3%.

Com esse resultado, o País deixa a desconfortável zona de recessão técnica (dois trimestres seguidos de resultado negativo, o que não ocorria desde a crise financeira internacional de 2008/2009), após registrar recuo de 0,2% e 0,6% respectivamente nos primeiro e segundos trimestres deste ano.

No acumulado do ano, a economia registra crescimento de 0,2%, enquanto nos últimos 12 meses (4 trimestres), a alta é de 0,7%.

Já na comparação com igual período de 2013, houve variação negativa do PIB 0,2%.

Na comparação do terceiro trimestre com o segundo deste ano, segundo a ótica da oferta, a surpresa ficou por conta do resultado negativo da agropecuária (queda de 1,9%), enquanto que a indústria regsitrou alta de 1,7%. Os serviços cresceram 0,5% no período.

Segundo o IBGE, todos os subsetores da indústria apresentaram variação positiva em relação ao trimestre anterior. Destaque para o crescimento de 2,2% da extrativa mineral, seguido por construção civil (1,3%), indústria de transformação (0,7%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (0,1%).

Nos serviços, o crescimento foi puxado por transporte, armazenagem e correio (1,4%) e intermediação financeira e seguros (0,6%). As demais atividades também registraram variação positiva: atividades imobiliárias e aluguel (0,5%), comércio (0,4%), administração, saúde e educação pública(0,4%), outros serviços (0,3%) e serviços de informação (0,1%).

Já quando analisado sob a ótica do consumo, a despesa de consumo das famílias variou negativamente (-0,3%) em relação ao trimestre anterior. Este resultado foi parcialmente contrabalançado pelo desempenho dos demais componentes da demanda interna, que registraram crescimento.

Tanto o investimento (formação bruta de capital fixo, FBCF), quanto os gastos públicos registraram expansão de 1,3% em relação ao segundo trimestre do ano. Já o setor externo também cresceu baseados na alta das exportações (1%) que foi superada pelas importações de bens e serviços, crescimento de 2,4%.

Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 1,28 trilhão. A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2013 foi de 17,4% do PIB, inferior à taxa observada em igual período do ano anterior (19%). Segundo análise do IBGE, essa diminuição da taxa de investimento foi influenciada, principalmente, pela queda, em volume, da formação bruta de capital fixo no trimestre. A taxa de poupança ficou em 14,0% no terceiro trimestre de 2014 (ante 15,1% no mesmo trimestre de 2013).

 

(Do iG)


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