POLÍTICA

Eduardo Cunha garante que não vai renunciar o mandato

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem em mãos documentos da Justiça Suíça e de bancos no exterior que comprovam a existência de contas no país em nome do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e de seus familiares. Apesar disso, o peemedebista se mostra alheio aos fatos.

Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, Cunha reitera seu depoimento à CPI da Petrobras, em que negou ter contas no exterior, diz que seu direito de defesa está sendo atropelado e refuta a hipótese de deixar o cargo: ‘Esquece, eu não vou renunciar. E eu vou persistir’.

“Eu não vou tratar de especulações. A cada dia aparece uma história diferente. Eu estou sendo execrado por uma divulgação seletiva, vazada de forma criminosa, para tentar me constranger, como sempre”, acrescenta.

Ele critica ainda o “fascismo” dos parlamentares que "pedem o benefício da dúvida para eles" e agora tentam afastá-lo da presidência da Câmara.

Sobre a crise politica, ele nega “conspiração” contra a presidente Dilma, ao lado da oposição: “Eu não estou combinando com ninguém. Apesar das minhas divergências com o governo, não tem uma declaração minha a favor do impeachment. Eu sempre digo que ele não pode ser um recurso eleitoral. E até agora não houve representação que juridicamente apontasse fato que poderia ser enquadrado como impedimento, um crime cometido no mandato”.

Apesar disso, critica a articulação política do governo e o ajuste de Joaquim Levy. “Estão fingindo que cortam. E querem passar a conta para o aumento de impostos, sem discutir que a retração da economia está fazendo com que a arrecadação caia. Como já disse o Renan [Calheiros, presidente do Senado], é como o cachorro mordendo o próprio rabo. Enfim, eu tenho profundas divergências na forma da condução da economia”. 

Brasil 247


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