Continuando a série das seleições nas capitais do Nordeste, anális de Maceió feita pela Revista Nordeste mostra disputa acirrada entre o atual prefeito e o ex-prefeito.

Disputa acirrada entre atual e o ex 

O prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), não terá um trabalho fácil na sua tentativa de reeleição em outubro deste ano. Ele terá pela frente o ex-prefeito, o deputado federal, Cícero Almeida, que ingressou no PMDB em um acerto com o presidente do Senado Renan Calheiros, e o Governador do Estado de Alagoas, Renan Filho.

Eleito em 2012, Palmeira assumiu o governo municipal justamente após dois mandatos de Cícero Almeida, na época no PSD. O tucano justificou sua candidatura à reeleição afirmando que as ações implementadas durante a sua gestão não podem ser interrompidas. Palmeira, que durante todo o seu mandato foi um crítico do Governo Federal, destaca que conseguiu Governar realizando obras e benfeitorias na cidade, mesmo com um cenário econômico adverso.
Para a disputa no dia 2 de outubro, Palmeira é o favorito com um pequena vantagem. O atual prefeito deve ser o vencedor no 1º turno das eleições municipais de Maceió. Com o número de candidatos da oposição, o tucano deve conseguir se firmar a frente dos demais, o mesmo não pode ser dito em um provável segundo turno, onde o adversário deve conseguir agregar mais votos.

O principal adversário e maior candidato a conquistar a vaga no segundo turno é o já citado, Cícero Almeida. As maiores lideranças do estado, os Calheiros demoraram um pouco para eleger um nome para disputar a Prefeitura da capital. Acabaram por fim convidando o ex-prefeito para se filiar ao PMDB, garantindo a ele a vaga de candidato em Maceió.

Almeida destaca que está atendendo a um pedido do povo, que clama pelo seu nome. "Há esse pedido que eu volte à prefeitura", chegou a dizer em uma entrevista. Para Almeida, este é o motivo mais forte que o levou a ser candidato, já que em relação à gestão de Rui Palmeira, o novo peemedebista evitou ataques.

Aparecendo como terceira via, o deputado federal Paulão é o nome escolhido pelo PT. Assim como nas demais capitais, o candidato enfrenta desafios comuns a qualquer candidato petista: vencer o estigma associado a corrupção. A presidente da República Dilma Rousseff, petista, foi afastada. O julgamento do Mensalão, alguns anos atrás, e agora a Operação Lava-Jato, levou a prisão de vários petistas. Tudo isso prejudica a imagem do PT e coloca o eleitor com um pé atrás. Entretanto, Paulão pode aproveitar a imagem ruim que o vice-presidente Michel Temer, presidente interino, tem causado como substituto de Dilma, ainda mais com a evidência de que foi orquestrado um golpe contra a presidente petista.

Outro candidato que pode aparecer forte nas eleições é o deputado federal João Henrique Caldas (PSB). Outrora aliado do atual prefeito, JHC rompeu com a gestão de Palmeira afirmando que o estado tem muito dinheiro, mas precisa de outra atitude na gestão.

Mais um nome para ficar de olho é o do jornalista Paulo Memória (PTC). Paulo representa o grupo chamado de G8, que conta com os partidos PHS, PTdoB, PRTB, entre outros. O nome representa um conjunto de 8 propostas fundamentais para Maceió. Memória apela para a a periferia: “São sucessivos governos de vários partidos tradicionais, que não têm um olhar humanístico e sensibilidade social para a cidade como um todo”.
 

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