BRASIL

Em entrevista à imprensa estrangeira, Dilma vê ‘golpe perpetuando injustiça’

Em entrevista ao vivo para emissoras de 56 paises, a presidente Dilma Rousseff denunciou o golpe em curso no Brasil e disse que crise econômica não justifica afastamento de presidente da República.

“É o golpe em que se usa de uma aparência de processo legal e democrático para perpetrar um crime que é a injustiça. Praticam comigo o jogo do “quanto pior, melhor”. Pior para o Brasil, melhor para a oposição. E praticam isso por meio de pautas-bomba. Também me sinto injustiçada por não me permitirem que governasse num clima de estabilidade política. Saio dessa questão dos atos com a consciência tranquila porque pratiquei atos que são praticados por todos os presidentes da República”, disse.

“A criação de um crédito suplementar não significa a criação de despesa. O que está em questão nesse processo são as minhas contas em 2015. Temos, infelizmente, uma perda de empregos que não tem esse montante, mas cerca de 2,4 milhões, o que é uma lástima. Atribuem a mim a crise dos países desenvolvidos, a queda de commodities e agora a perda de 10 milhões de empregos. Não foi bem assim”, afirmou.

Ela ressaltou que não é investigada em nenhum processo de corrupção. "Assisti ao longo da noite de ontem todas as intervenções e não vi uma discussão sobre o crime de responsabilidade. Eu recebi 54 milhões de votos e me sinto indignada com a decisão que recepcionou a questão da admissibilidade do meu impeachment. Os atos pelos quais me acusam foram praticados por outros presidentes antes de mim e não se caracterizaram como ilegais ou criminosos", acrescentou.


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