BRASIL

Em estradas federais, cai número de trechos interditados por caminhões

O número de rodovias federais com trechos interditados pela paralisação dos caminhoneiros caiu na manhã desta quarta-feira (25) em relação ao último balanço da Polícia Rodovia Federal na noite de terça-feira (24). São 97 pontos nesta manhã, ante 115 registrados na noite de terça.

Segundo os dados da Polícia Rodoviária Federal, os pontos de interdição nas federais estão em dez Estados: Goiás, Mato Grosso do Sul, Ceará (com uma estrada afetada em cada), Minas Gerais (7), Bahia (4), Paraná (20), Espírito Santo (2), Mato Grosso (8), Santa Catarina (20) e Rio Grande do Sul (33).

Os números da PRF não incluem os bloqueios que ocorrem em rodovias estaduais. Nessa conta não entra, por exemplo, o bloqueio registrado em São Paulo.

Nesta terça, a Justiça Federal concedeu liminares para que os caminhoneiros deixem de fazer as paralisações. As medidas atendem a algumas rodovias em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.

Em Minas, a ordem judicial está sendo cumprida e os trechos estão sendo liberados. Mas há resistência de caminhoneiros em Itaúna, segundo o movimento dos motoristas.

A AGU (Advocacia-Geral da União) também solicitou à Justiça Federal o desbloqueio de rodovias em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina devido aos protestos. Ainda não há decisões liminares nesses Estados.

Os caminhoneiros pedem redução no preço do diesel e do pedágio, tabelamento dos fretes e a sanção, por parte da presidente Dilma Rousseff, de mudanças na legislação que flexibilizam a jornada de trabalho -a categoria quer a liberação de mais horas trabalhadas por dia para aumentar os ganhos.

As paralisações afetam o transporte de alimentos e mercadorias. Produtores agrícolas e indústrias de alimentos tiveram que suspender ou descartar a produção.

Preocupado com o impacto político e econômico do bloqueio das rodovias, o governo marcou uma reunião para esta quinta (26) no Palácio do Planalto, para discutir com os caminhoneiros e empresas de transporte. Segundo a reportagem apurou, a ordem de Dilma é resolver o impasse o mais rápido possível.

O governo, porém, teve dificuldades nos últimos dias para resolver o problema porque não conseguia identificar líderes que respondessem por todo o conjunto de manifestantes.

(Do iG)


Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Recomendamos pra você


Receba Notícias no WhatsApp