INTERNACIONAL

Enfermeira diz que imigrantes detidas nos EUA tiveram úteros retirados em cirurgias irregulares

Autoridades migratórias e parlamentares dos Estados Unidos disseram nessa terça-feira (16) que vão apurar uma denúncia sobre cirurgias irregulares em detentas em um centro para imigrantes clandestinos no estado americano da Geórgia onde as mulheres teriam sido supostamente submetidas a retirada completa ou parciais de seus úteros.

Uma enfermeira que trabalhava no local foi quem expôs o caso. Segundo essa denunciante, identificada como Dawn Wooten, um ginecologista fazia histerectomias (retirada do útero por intervenção cirúrgica ) em massa nas detentas. Além disso, o centro, localizado na cidade de Irwin, se recusava a aplicar testes do novo coronavírus nos imigrantes detidos no local.

Wooten relatou que as detentas eram encaminhadas a ginecologistas ao reclamarem de cólicas ou pedirem por métodos contraceptivos. Nem sempre as decisões médicas eram compreendidas pelas mulheres.

“Muitas delas disseram que não entendiam o que estava sendo feito com elas. Ninguém explicava”, relatou a enfermeira.

O teor inteiro da denúncia não foi divulgado, mas parlamentares do Partido Democrata tiveram acesso ao documento e também anunciaram uma investigação sobre o caso. A presidente da Câmara, a deputada democrata Nancy Pelosi, repudiou o caso.

“Se for verdade, as condições horríveis descritas na denúncia — incluindo alegações de histerectomias em massa feitas em imigrantes vulneráveis — são uma violação assustadora dos direitos humanos”, disse Pelosi, em nota.
A agência Reuters falou com autoridades migratórias dos EUA na terça-feira, e elas afirmaram que uma agência federal também deverá averiguar o que aconteceu. As informações são do G1.


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