INTERNACIONAL

Entrevista: O sucesso da China na redução da pobreza é experiência para a América Latina, diz funcionária da ONU

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Alicia Bárcena, secretária executiva da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL), participa de coletiva de imprensa em Santiago, Chile, em 30 de outubro de 2017. (Xinhua/Wang Pei)

Santiago, 30 set (Xinhua) — A experiência da China de tirar com sucesso centenas de milhões da pobreza através do crescimento econômico pode ajudar os países latino-americanos a elaborar políticas para combater a pobreza, disse uma alta funcionária da ONU.

Notando que a China se transformou em um país de alta produtividade, Alicia Bárcena, secretária executiva da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL), disse recentemente à Xinhua que as chaves para o sucesso da China são o crescimento econômico que leva à criação de empregos e desenvolvimento em inovação tecnológica e infraestrutura, o que aumenta a conectividade.

Como exemplos, ela citou os esforços da China para desenvolver energia limpa e indústrias ambientalmente amigáveis, “setores que impulsionam a criação de empregos e também aumentam a produtividade, que são dois elementos essenciais no alívio da pobreza”.

O impulso ordenado da urbanização na China para elevar os padrões de vida das pessoas é outra estratégia que os países latino-americanos podem estudar e adaptar para suas próprias populações, disse a funcionária.

Na China, a migração rural-urbana é encorajada e acompanhada por “medidas de proteção social”, disse ela, acrescentando que, na América Latina e no Caribe, “urbanizamos antes de superar a pobreza, enquanto a China tenta aliviar a pobreza e urbanizar ao mesmo tempo. É uma estratégia diferente da nossa.”

De acordo com as previsões da CEPAL, mais de 45 milhões de pessoas na América Latina se juntarão às fileiras dos pobres este ano devido ao impacto econômico da pandemia de COVID-19.

As Nações Unidas já pediram “um compromisso direto por parte dos Estados para alcançar uma redução da pobreza”.

“A colaboração com a China pode ajudar muito”, disse Bárcena, acrescentando que a América Latina pode aprender com a experiência da China no combate à pobreza nas áreas rurais, incluindo distribuição de terras, incorporação da população em setores produtivos e redução da desigualdade.

A campanha chinesa de combate à pobreza é “uma estratégia inspiradora” e suas lições merecem ser aprendidas, disse ela.

A China tornou possível “acelerar a redução da pobreza em nível global e o se comprometeu com a cooperação Sul-Sul, onde também está dando muito apoio a nações menos desenvolvidas”, disse a funcionária da ONU.


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