BRASIL

Estudo mostra que 252 cidades do Brasil têm mercado para novos trechos aéreos

Quase metade dos passageiros de voos domésticos (40,2%) tem entre 31 e 45 anos; 56,4% são homens; e 21,7% têm renda familiar entre cinco e dez salários mínimos. As passagens foram compradas com antecedência inferior a 30 dias por 74,3% dos passageiros, e metade das passagens foram compradas pelo próprio usuários. Os dados contam da pesquisa O Brasil que Voa – Perfil dos Passageiros, Aeroportos e Rotas do Brasil, divulgada hoje (22) pela Secretaria de Aviação Civil (SAC), em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

Os principais motivos de viagem são trabalho e estudo (49,2%) e lazer (45,3%). Para chegar ao aeroporto, 35,4% das pessoas usaram táxi; 68% levaram menos de uma hora para chegar ao aeroporto; 9,7% chegam com menos de uma hora de antecedência do voo e 47,2% chegam com uma antecedência entre uma e duas horas.

O check in foi feito no balcão por 50,6% dos passageiros, enquanto 21,7% usam totens (terminais de autoatendimento) e 27,3% fizeram o check in por meio de internet ou dispositivos móveis. Segundo o estudo, 65% despacharam bagagens, e 40,5% fizeram compras no aeroporto – deste total, 83,7% gastaram até R$ 50.

A pesquisa informa, ainda, que 44,4% dos passageiros gostariam que houvesse voos para o mesmo destino em outros dias da semana, e 36,9% desejariam voos em outros horários.

O levantamento mostra que pelo menos 252 cidades têm mercado para novos trechos aéreos, com uma ocupação superior a 50% das aeronaves. Entre os voos diretos com maior potencial de demanda estão as rotas entre Rio de Janeiro (RJ) e Vila Velha (ES); Blumenau (SC) e São Paulo; Campo Grande (MT) e Rio de Janeiro; e entre Macaé (RJ) e Santos (SP).

Segundo o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, o estudo poderá ajudar as empresas aéreas a abrir novas rotas, mas isso depende, ainda, de outros fatores, como o custo do querosene, que é muito influenciado pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), tributo regional.

“Vimos que muitas dessas demandas coincidiram com as previstas no Programa de Aviação Regional. Somos permanentemente informados pelas companhias sobre seus destinos de interesse. Não só a demanda em potencial é levada em consideração. Há também questões como o custo do combustível (querosene), que corresponde a 40% da despesa de operação. Em alguns estados fora do litoral esse custo é muito alto”, disse ele ao propor que alguns estados reduzam o ICMS para atrair o interesse das empresas.

Para fazer a pesquisa, a SAC e a EPL fizeram, ao longo de 2014, 150 mil entrevistas em 65 aeroportos responsáveis por 98% da movimentação aérea do país.
 


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