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Exporta Mais Brasil: ApexBrasil foca na Amazônia e Nordeste para impulsionar produtos florestais

Autoridades defendem que diversidade esteja no centro do novo modelo de desenvolvimento. Bioeconomia abre caminho para desenvolvimento sustentável, com preservação da floresta

247 – O Brasil voltou ao centro das atenções na agenda internacional e tem oportunidade não apenas de liderar as discussões em torno de um novo modelo de desenvolvimento, baseado na exploração sustentável da floresta, com respeito à fauna e à flora, como pode ganhar mais espaço no mercado internacional de produtos florestais. A avaliação é do presidente  da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Jorge Viana.

Ele anunciou que a região amazônica e o Nordeste brasileiro estão entre as prioridades da ApexBrasil para ampliar a exportação de produtos das duas regiões e atrair investimentos. “Estamos lançando o programa Exporta Mais Brasil, com um foco estabelecido também para a Amazônia e Nordeste”, disse Viana, em entrevista coletiva no Diálogos Amazônicos, no sábado, 6.

A ApexBrasil organizou, no segundo dia dos Diálogos Amazônicos, em Belém (PA), do seminário “Promoção internacional da biosocioeconomia da região amazônica: oportunidades e cooperação”. O evento contou com a participação do governador do Pará, Hélder Barbalho, do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e do secretário de Economia Verde, Rodrigo Rollemberg, além de outras autoridades federais.

O evento tratou de discutir modelos e estratégias para a exploração da bioeconomia como eixo central de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Os debates giraram em torno de modelos de preservação da floresta, geração de empregos e garantia de qualidade de vida para as 30 milhões de pessoas que vivem na região.

“Vivemos numa faixa verde do planeta, rica e cheia de produtos extraordinários. Temos muito potencial e precisamos usar a região amazônica como um ativo para recolocar o país em outro patamar”, disse Viana. “Temos que trabalhar fortemente com produtos compatíveis com a floresta. Não faz sentido o lugar mais rico do mundo exportar tão pouco; as regiões com maior potencial de crescimento nas exportações são o Norte e Nordeste. A ApexBrasil vai trabalhar com este foco”, anunciou.

Viana elogiou a liderança do governo do Pará para os novos tempos que o Brasil vive no cenário internacional. O principal modelo que vem sendo adotado no Pará para garantir que haja atratividade para os produtos oriundos da floresta é o investimento em rastreabilidade. O programa é modelo e vai inaugurar uma nova fase para os produtos do Brasil no mercado europeu.

“A rastreabilidade é uma exigência do mercado internacional. Nós temos vocações que estão atreladas ao uso da terra, e existe uma tendência internacional de se conhecer toda a cadeia de produção de um item produzido. O foco na rastreabilidade é um instrumento para tornar o produto mais competitivo. O governo do Estado é o primeiro do Brasil a ter uma plataforma pública, chamada Selo Verde, que oferta para a indústria da carne e pecuária, para que sejam certificadas”, destacou Barbalho.


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