WASHINGTON – A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou na noite desta sexta-feira o pedido do secretário de Justiça do Texas, um republicano, para anular o resultado das eleições em quatro estados onde Joe Biden foi vitorioso. O processo era considerado a última chance de Donald Trump para reverter sua derrota na eleição presidencial. A decisão abre caminho para que a eleição do democrata seja confirmada quando o Colégio Eleitoral se reunir na segunda-feira, 14 de dezembro.
A iniciativa do republicano do Texas foi endossada pelo presidente americano Donald Trump, por secretários de Justiça republicanos de 18 estados e por 126 deputados federais republicanos.
O tribunal, em uma breve ordem não assinada — o que indica que a decisão foi tomada por unanimidade dos nove juízes — afirmou que o Texas não tinha legitimidade para prosseguir com a ação, por não ter “demonstrado interesse juridicamente reconhecível na maneira como outro estado conduz suas eleições”.
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Entenda:Tudo da ação republicana para anular a vitória de Biden na Suprema Corte
A medida, juntamente com uma decisão na terça-feira que rejeitou um pedido semelhante dos republicanos da Pensilvânia, sinaliza que o tribunal se recusou a participar da ofensiva fracassada do presidente Trump para anular os resultados das eleições encerradas em 3 de novembro, nas quais Biden conquistou mais de 80 milhões de votos, 7 milhões a mais do que Trump, e 306 cadeiras do Colégio Eleitoral, contra 232 do republicano.
Continuarão a existir litígios dispersos em todo o país por parte dos aliados de Trump, mas, na prática, a ação da Suprema Corte põe fim a qualquer perspectiva de que Trump ganhe na Justiça o que perdeu nas urnas.
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