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FBI detém dirigentes da Fifa; José Maria Marín está na lista

Autoridades suiças, juntamente com o FBI, iniciaram na madrugada desta quarta-feira (horário de Brasília) uma operação para prender funcionários do alto escalão da Fifa e extraditá-los ao Estados Unidos – o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, está entre os detidos. Até 14 pessoas devem ser acusadas de corrupção e recebimento de propina nesta quarta-feira em uma corte federal em Nova York.

O governo americano suspeita que dirigentes da entidade máxima do futebol mundial teriam pagado mais de US$ 100 milhões de dólares em propinas desde os anos 90. Entre as acusações que os suspeitos enfrentam estão lavagem de dinheiro, crime organizado e fraude eletrônica.

Além de Marin, os outros envolvidos são Eduardo Li, oficial da Fifa na Costa Rica, Nicolás Leoz, antigo presidente da Conmebol; Julio Rocha, dirigente máximo da Federação Nicaraguense de Futebol; Rafael Esquivel, mandatário da Federação Venezuelana; e Costas Takkas. Outros investigados são: Jeffrey Webb das Ilhas Cayman, vice-presidente da comissão executiva da Fifa e mandatário máximo da Concacaf; Eugenio Figueredo, uruguaio, ex-presidente da Conmebol; e Jack Warner, de Trinidad e Tobago, um ex-membro do comitê executivo acusado de numerosas violações éticas.

Leia mais: Executivo da Fifa é preso por denúncias de corrupção

Os executivos de marketing esportivo Alejandro Burzaco, Aaron Davidson, Hugo Jinkis e Mariano Jinkis também serão indiciados, além de José Margulies, considerado um intermediário que facilitou pagamentos ilegais. Os presos foram conduzidos para fora do hotel por uma porta lateral, sem algemas e cada um com sua bagagem.

E mais: Advogado que investigava corrupção se desliga da Fifa e faz críticas

Mais de uma dúzia de policiais suíços à paisana chegaram sem aviso prévio ao hotel Baur au Lac, em Zurique, onde membros da organização da Fifa estavam reunidos para a eleição na sexta-feira, que pode dar a Joseph Blatter um quinto mandato. Blatter não está entre os acusados, mas é investigado. Ainda de acordo com fonte da CNN, funcionários muito próximos a ele estão entre os indiciados.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos planeja denunciá-los por corrupção, lavagem de dinheiro, fraude bancária e 20 anos de má governança no mundo do futebol. As prisões são o resultado de uma investigação de três anos do FBI.

A assessoria da Fifa informou que a organização ainda estava se inteirando sobre os detalhes das prisões e que só se pronunciaria mais tarde.

A BBC informou que Ali Bin Al-Hussein, príncipe da Jordânia e rival de Blatter na disputa pela presidência da Fifa, deve se reunir com seus conselheiros ainda nesta quarta-feira para discutir o impacto das prisões na eleição

A Procuradora Geral Loretta E. Lynch, que assumiu o cargo no mês passado e diretor do FBI, James Comey são esperados para uma entrevista coletiva na quarta-feira de manhã em Nova York.

IG


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