BAHIA

Feira de Negócios destaca famosos produtos artesanais da Bahia mirando a exportação

A linguiça de tilápia de Paulo Afonso, o chocolate do sul da Bahia, o charuto de São Félix, a cachaça de Abaíra, a carne do sol de Rui Barbosa, o café de Piatã e tantos outros produtos regionais, que conhecemos ou já ouvimos falar, marcam a forte produção baiana em diversos segmentos. Muitas pessoas do estado nunca chegaram a ver ou provar de tudo, mas agora elas têm uma chance com a chegada do Origem Week – Feira de Negócios.

Entre os dias 9 a 12, no Centro de Convenções, diversas cadeias produtivas da Bahia e do Brasil apresentarão produtos de origem, gourmet e artesanais em espaços como o Salão do Café, o Origem Brasil, Bahia Descobre a Bahia e, pela primeira vez em Salvador, uma edição do Chocolat Festival, o maior evento de chocolate e cacau da América Latina.

A iniciativa é do publicitário e empresário Marco Lessa, criador do Chocolat Festival. Nascido em Guanambi, no sudoeste da Bahia, ele hoje vive em Portugal, depois de ter morado 30 anos em Ilhéus, onde fundou a Indústria do Chocolate da Bahia (ICB) e a marca de chocolates Chor, que chegou a ganhar um prêmio ano passado, na França, como um dos três melhores do mundo.

O Chocolat Festival nasceu em 2009, em Ilhéus, no período em que a cidade viveu uma crise sem precedentes por conta do fungo vassoura-de-bruxa, que dizimou as plantações de cacau. “Ilhéus era o maior produtor brasileiro à época, e já foi o maior exportador do mundo, era preciso mudar esse cenário. Criamos o Chocolat Festival, um festival de chocolate em 2009 num lugar que não tinha chocolate, portanto, o projeto era desenvolver a cultura da industrialização”, afirma Lessa.

De lá para cá, foram realizadas 21 edições do festival. O evento ganhou edições fora da Bahia, indo para São Paulo e também Pará. O primeiro, por ser o maior mercado consumidor, onde estão concentradas as grandes indústrias; o segundo, porque atualmente é o segundo maior estado produtor do cacau, sempre alternando com a Bahia entre primeiro e segundo lugares.

O empresário conta que nota a dificuldade que o Brasil tem para exportar pequenos produtos, negócios e produtos gourmet. Foi percebendo essa dificuldade ao longo desses anos que ele teve a ideia para o Origem Week: “A gente precisava fazer um evento que aproximasse o setor produtivo, as cadeias produtivas, do público de maior poder aquisitivo, que é o da capital”.

 


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