PERNAMBUCO

Fernando de Noronha cria grupo de trabalho para regulamentar uso de canoas havaianas em passeios turísticos

Atividade com embarcações é um dos principais atrativos da ilha. Entre os pontos abordados, está a segurança dos usuários do serviço.

 

A Administração de Fernando de Noronha deu início a uma série de reuniões para a reordenação da zona portuária da ilha. O objetivo é colocar em prática as diretrizes do Decreto Distrital nº 05/2017, que regulamenta o funcionamento do porto e o comércio na área, conforme estabelecido pelo Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA). Na primeira reunião, realizada na quinta-feira (7), foi discutido o uso das canoas havaianas, um dos principais atrativos da ilha.

O superintendente Jurídico da Administração da Ilha, Felipe Campos, informou que essa é a primeira reunião de várias para promover o reordenamento do Porto Santo Antônio. Ele declarou que os trabalhos começaram pelas canoas havaianas e foi discutido o reforço na segurança dos usuários nos passeios.

Serão promovidos encontros com os responsáveis por outras embarcações. As reuniões para o reordenamento da zona portuária atendem a uma recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

O promotor Flávio Falcão afirmou que é importante a iniciativa da Administração de Fernando de Noronha para fazer valer o que está definido no decreto de 2017. Falcão reforçou a necessidade de desenvolver as atividades com segurança.

A chefe do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), Carla Guaitanele, disse que o órgão vai participar para elaboração das normas que favoreçam a continuidade da atividade nas canoas, levando em consideração o cuidado com os golfinhos.

Para Carla Guaitanele, a canoa havaiana é uma atividade sustentável e de baixo, ou quase nenhum, impacto ambiental, por isso, tem o apoio da instituição federal.

Grupo de trabalho

O governo vai criar um grupo de trabalho para propor e definir as regras para a atividade, além de discutir a realização de cursos de segurança e o armazenamento das canoas. O grupo vai ser formado por representantes da Administração de Fernando de Noronha, Ministério Público, ICMBio, Marinha Polícia Militar.

O empresário João Maria Melo, proprietário de canoa havaiana, avaliou como positiva a criação desse grupo de trabalho. Ele disse que está feliz em saber que a o governo local e o ICMBio apoiam a atividade, principalmente pela questão cultural e ambiental.

O atleta Alef Alves, proprietário de clube de canoa havaiana e campeão na modalidade em competições nacionais, foi um dos primeiros a trazer esse tipo de embarcação para a ilha.

Ele ressaltou a importância cultural da atividade. “Noronha é o Havaí brasileiro. Coloco-me à disposição para transmitir meu conhecimento e ajudar na regulamentação do nosso trabalho, inclusive não só como um serviço de turismo, mas também como esporte, principalmente porque em breve vamos ter competição na ilha”, previu Alef.

 

 

*g1pe


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