POLÍTICA

Gilmar emite nota, evita palavra “genocídio”, porém defende técnicos na Saúde no lugar de militares

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes divulgou uma nota nesta segunda-feira (14) para explicar sua declaração de que o Exército se associou a um “genocídio” na gestão da pandemia do novo coronavírus. Na nota, Gilmar afirmou que respeita as Forças Armadas, mas que não cabe a elas formular políticas públicas de saúde, ainda mais em um momento de pandemia.

“Reforço, mais uma vez, que não atingi a honra do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica. Aliás, as duas últimas nem sequer foram por mim mencionadas. Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde que não tem se mostrado eficaz para evitar a morte de milhares de brasileiros”, disse.

O ministro lembrou que o Brasil já tem mais de 72 mil mortos por Covid-19 e “nenhum analista atento da situação atual do Brasil teria como deixar de se preocupar com o rumo das nossas políticas públicas de saúde”.

“Estamos vivendo uma crise aguda no número de mortes pela Covid-19, que já somam mais de 72 mil. Em um contexto como esse, a substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade e extrapola a missão institucional das Forças Armadas”, acrescentou.

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