SERGIPE

Governo deve anunciar nesta terça se haverá parcelamento de salários

O Governo do Estado deve definir hoje se haverá parcelamento dos salários dos servidores públicos. Até o final desta edição, o staff do governador Jackson Barreto (PMDB) aguardava informações da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para saber se haveria recursos suficientes para o pagamento em parcela única. O governador também reuniu ontem o seu secretariado e, de acordo com informações obtidas pelo JORNAL DA CIDADE, o clima durante o encontro deixava antever que não será concedido reajuste salarial aos servidores.

Na reunião com secretários e presidentes de órgãos do Estado, na manhã de ontem, o governador Jackson Barreto destacou que Sergipe passa por um momento delicado em relação às finanças públicas e que para atravessar essa crise é preciso ainda mais austeridade nos gastos públicos. “Não somos um governo perdulário, mas como o momento é de dificuldades, a austeridade passa ser ainda mais relevante nesta travessia”, disse o governador para os auxiliares.

Ele afirmou também que, apesar das dificuldades enfrentadas pela administração estadual, vê o momento com otimismo e que é preciso continuar trabalhando em favor da sociedade.

“Estamos fazendo um governo extremamente austero. Não negligenciamos nada. Temos trabalhado com dificuldades imensas, cortando o custeio a níveis que voltam aos anos de 2010 e 2011. Estamos fazendo a nossa parte, mas não perdemos a esperança e o entusiasmo. É evidente que ficamos preocupados, porém acredito que uma das coisas que nos ajudam é continuar trabalhando e fazendo aquilo que já é planejado com mais esforço, vontade e objetivo”, ressaltou Jackson Barreto.

O governador esclareceu ainda que os recursos empregados em obras são fruto dos bancos Interamericano de Desenvolvimento (BID), Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Proinveste, ou seja, não são fontes do tesouro estadual.

“Vale ressaltar que esses recursos não podem ser aplicados na área de pagamento de pessoal. As fontes dessas receitas não nos permitem que retiremos verbas delas para a folha. “Não estamos parados e nem vamos parar”, finalizou.


Contenção

O secretário da Fazenda, Jeferson Passos, reiterou as informações do governador e comentou sobre a situação atual do Estado. “O governo tem adotado uma política de contenção de despesas. Hoje os gastos do Estado estão nos níveis de cinco anos atrás, mas as despesas de pessoal têm crescido substancialmente. O momento de dificuldades na arrecadação das receitas é nacional, não só Sergipe passa por isso. Temos tido quedas de receita e o próprio comportamento de arrecadação do ICMS do Estado está abaixo da inflação. O crescimento de 6% é menor que nossas despesas e o governo efetivamente não tem recursos disponíveis para aumentar seus gastos”.

Jeferson lembrou que o governo já atendeu reivindicações salariais e destacou o crescimento do déficit previdenciário. “Governo vem concedendo ao longo dos anos uma série de aumentos que, inclusive, superaram a variação da inflação. Entre 2008 e 2014, as despesas com a Previdência social tiveram crescimento de 182,76%, a Saúde de 62,41%, Educação de 38,61%, Segurança Pública de 110,40% e a administração de 18,18%. Estes são os cinco maiores gastos. Em 2008, o maior era da Segurança Pública. Em 2014, nosso maior custo foi com a Previdência”.

Presenças

Estiveram presentes na reunião o vice-governador, Belivaldo Chagas; os secretários de Estado de Ciência e Tecnologia, Francisco Dantas; Esporte, Adilson Júnior; Justiça, Antônio Hora; Comunicação, Sales Neto; Fazenda, Jeferson Passos; Infraestrutura, Valmor Barbosa; Educação, Jorge Carvalho; Segurança, Mendonça Prado; Saúde, José Sobral; Planejamento, João Augusto Gama; Meio Ambiente, Olivier Chagas; Cultura, Elber Batalha; Governo, Benedito Figueiredo; Inclusão Social, Martha Leão; Agricultura, Esmeraldo Leal; procuradora-geral do Estado, Aparecida Gama; controlador-geral do Estado, Adinelson Alves; diretores presidentes da Agrese, Edvaldo Nogueira, e da Adema, Almeida Lima; comandante geral da Polícia Militar, coronel Maurício Iunes; comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Reginaldo Dória; chefe do gabinete militar, tenente-coronel Eduardo Henrique Santos; e os assessores especiais do governo, Eliane Aquino e Carlos Cauê.


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