INTERNACIONAL

Grécia dá nó na união europeia e anima bolsas

Os principais nomes da oposição conservadora grega disseram nesta sexta-feira 10 que apoiarão o governo de esquerda de Alexis Tsipras para garantir o acordo de reformas com os credores internacionais que manterão o país na zona do euro.

Os parlamentares devem votar mais tarde as propostas apresentadas aos credores da Grécia, que incluem medidas como aumento de impostos, privatizações e cortes nos gastos públicos, sobretudo no orçamento da Defesa.

"O partido Nova Democracia deu ao primeiro-ministro não somente a autorização para chegar a um acordo, mas também um mandato para impedir a saída do país da Europa e do euro", disse o partido em declaração.

Como a resistência deu certo, o primeiro-ministro Alexis Tsipras, que venceu o plebiscito contra a austeridade, terá agora melhores condições para fechar um pacote de apoio que mantenha a Grécia na zona do euro. Líderes europeus temiam que, sem a Grécia, outros países, como Portugal e Espanha, também abandonassem o barco.

O mercado está animado mundo afora nesta sexta-feira. No Brasil, o Ibovespa registrava alta de 1,39% às 12h30, à espera do acordo grego. Nos Estados Unidos, a Nasdaq tinha ganhos de 1,37%, enquanto o índice Dow Jones, 1,07%. A Alemanha (Dax Performance-Index) e a França (Cac 40) registram altas mais acentuadas, 2,87% e 3,18%, respectivamente. O Euronext subia 2,86%.

Abaixo, reportagem do portal Infomoney sobre o pregão de hoje no Brasil:

Ibovespa volta do feriado em alta com China e à espera de acordo na Grécia

Ricardo Bomfim – O Ibovespa opera em alta nesta sexta-feira (10), seguindo o desempenho dos ADRs (American Depositary Receipts) de empresas brasileiras negociados em Nova York, que subiram forte no feriado. Quem dá o tom na sessão é o cenário externo, com o índice da bolsa de Xangai atingindo o seu maior ganho em dois dias desde 2008 depois das intervenções do governo chinês para frear a queda de 30% do mercado por lá nas últimas três semanas. Também fica no ar o otimismo em meio a especulações de que a Grécia pode conseguir um resgate até domingo.

Às 10h45 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira subia 0,91%, a 52.252 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial caía 1,26%, a R$ 3,1905 na compra e a R$ 3,1930 na venda. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 cai 7 pontos-base, para 13,63%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 recua 7 ontos-base, para 12,64%.

As ações da Vale (VALE3, R$ 17,64, +2,80%; VALE5, R$ 15,00, +3,16%), sobem forte refletindo a recuperação do minério de ferro. Na quinta-feira (9), a commodity spot 62% no porto de Qingdao subiu 9,87% e hoje ela voltou a ter alta de 2,27%, atingindo US$ 50,10 a tonelada.

Ainda entre as blue chips, a Petrobras (PETR3, R$ 13,24, +2,00%; PETR4, R$ 11,77, +1,90%) registra ganhos reagindo à alta do petróleo. O barril do Brent sobe 0,63%, a US$ 58,98, enquanto o barril do WTI (West Texas Intermediate) sobe 0,42%, a US$ 53. Além da recuperação no mercado de capitais da China, o petróleo ainda repercute a indefinição nas negociações entre Estados Unidos e Irã para um acordo com relação ao programa nuclear da república islâmica.

Uma notícia que fica no radar da estatal é o recuo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de sua intenção de colocar em votação imediatamente a proposta do senador José Serra (PSDB-SP) que desobriga a Petrobras de ser operadora única e ter participação mínima de 30% na exploração do pré-sal. Renan anunciou a criação de uma comissão especial para discutir num prazo de 45 dias.

Dentro do setor com maior participação na carteira teórica do Ibovespa, os bancos como Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 34,22, +1,66%), Bradesco (BBDC3, R$ 27,26, +1,00%; BBDC4, R$ 27,89, +1,90%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 23,52, +1,55%) também sobem forte.

Brasil 247 


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