INTERNACIONAL

Grupo financeiro Goldman Sachs alerta: domínio do dólar nos mercados globais pode estar chegando ao fim

Agência Sputnik – A crescente preocupação com a inflação nos Estados Unidos pode significar que o dólar está em risco de perder seu papel dominante no mercado global, alertou o Goldman Sachs.

“Preocupações reais com a longevidade do dólar americano como moeda de reserva começaram a surgir”, disseram estrategistas do grupo financeiro multinacional.

Com o nível da dívida norte-americana ultrapassando agora 80% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, o governo e a Reserva Federal podem permitir que a inflação acelere, apontam os especialistas.

“O balanço expandido resultante e a vasta criação de dinheiro geram receios de degradação”, disseram os estrategistas, acrescentando que isso cria “uma probabilidade maior de que, em algum momento no futuro, após a atividade econômica ter normalizado, haverá incentivos para os bancos centrais e governos permitirem que a inflação se acentue mais para reduzir a carga acumulada da dívida”.

Fim do reinado do dólar

Entre outros fatores que podem levar ao fim do reinado do dólar, os estrategistas mencionaram aumento da incerteza política e preocupações crescentes com outro pico da pandemia do novo coronavírus.

Ao mesmo tempo, os especialistas apontaram a recuperação recorde do ouro. “O ouro é a moeda de último recurso, particularmente em um ambiente como o atual, onde os governos estão degradando suas moedas fiduciárias e pressionando as taxas de juros reais para os níveis mais baixos de todos os tempos.”

Durante as negociações desta quarta-feira (29), o preço do metal subiu para US$ 1.974 (R$ 10,1 mil).

Durante as negociações desta quarta-feira (29), o preço do metal subiu para US$ 1.974 (R$ 10,1 mil).

Em junho, o ouro teve uma alta de mais de 7%, enquanto o índice do dólar caiu 3,7%. O Goldman elevou sua previsão de 12 meses para o ouro de US$ 2.000 (R$ 10,2 mil) por onça para US$ 2.300 (R$ 11,8 mil) por onça, enquanto prenuncia a contínua queda das taxas de juros reais dos EUA, impulsionando ainda mais o ouro.


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