BRASIL

Grupo ligado a Cid Gomes vai deixar PSB

O grupo do PSB do Ceará, ligado ao governador Cid Gomes e formado por 40 prefeitos, mais de 200 vereadores, 10 deputados estaduais e quatro deputados federais, anunciou nesta quarta-feira (25) a saída da legenda, após a reunião extraordinária da Executiva Nacional do partido.

Cid disse ao iG na segunda-feira que estava sendo hostilizado dentro do partido e admitiu pela primeira vez que poderia rever sua posição de permanecer no PSB. O governador foi voto vencido na decisão de entregar todos os cargos no governo da presidente Dilma Rousseff e ficou contrariado com um convite do PSB à sua desafeta, a ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins.

Após duas horas de reunião da Executiva Estadual com portas fechadas, na frente da sede do PSB do Ceará, o presidente da legenda no Estado, governador Cid Gomes recebeu uma ligação telefônica pelo celular da senadora Lidice da Matta (PSB-BA). A conversa foi presenciada pelos jornalistas e Cid esbravejou.

Afirmou que o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, pediu-lhe para sair "da pior maneira possível". Cid se referia à ligação que Campos fez ontem para o seu principal opositor na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Heitor Férrer (PDT), convidando-o para ingressar no PSB.

Cid recebeu a solidariedade de Da Matta e prometeu deixar o partido ainda hoje. "Ele não só pede assim para eu sair do partido como pede para eu sair da pior maneira possível", repetiu para a senadora, Cid Gomes, referindo-se a Campos.

A decisão será formalizada ao partido em Brasília pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Albuquerque, e pelo prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio. Os dois entregaram hoje à tarde o pedido de desfiliação.

Cláudio disse que o grupo de Cid sai pela porta da frente do PSB e de uma forma amistosa. "Apresentamos nossa desfiliação de forma amistosa, pois vamos apoiar a reeleição de Dilma", disse o prefeito. Ele ironizou o convite feito pelo PSB para filiar Luizianne, ex-prefeita petista. "Eu sucedi Luizianne em sua trágica gestão, principalmente pela incapacidade de promover mudanças. Normalmente, o julgamento político é feito nas eleições".

iG *Com Agência Estado
 


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